O meu assunto hoje é o manifesto contra possíveis mudanças no parcelamento de compras sem juros, assinado por entidades ligadas a setores de pagamentos, comércio e serviços. Elas são contra a extinção, parcelamento de compras ou limitação da compra parcelada e sem juros. Mudanças no parcelamento de compras sem juros passaram a ser cogitadas na esteira do debate sobre as elevadas taxas do rotativo do cartão de crédito e a alta inadimplência, em torno de 50 por cento.
Os defensores do parcelamento sem juros argumentam que ele permite ao consumidor adquirir um produto ou serviço em condições que se encaixem melhor em seu orçamento. E para quem vende, o parcelamento é uma linha de crédito mais barata de capital de giro e ainda chance de fidelizar clientes. No ano passado, a modalidade representou metade das compras com cartão de crédito no país e movimentou mais de 1 trilhão de reais.
A mudança no rotativo do cartão de crédito- hoje com juros de 400 por cento ao ano – é obrigatória e inadiável. O banco central ficou de finalizar em 90 dias uma proposta. Ela é bem-vinda. Mas, não pode, evidentemente, ser acompanhada de medidas que impactem negativamente o consumo dos brasileiros