Em entrevista exclusiva à Novabrasil FM, o deputado federal Claudio Cajado (PP-BA), relator na Câmara do novo marco fiscal do país, se disse otimista com a previsão de votação final do projeto nesta semana (“É bem provável, mas essa decisão depende dos líderes e do presidente Arthur Lira”) — uma reunião está marcada para esta segunda-feira (14) à noite, na residência oficial da Câmara.
Ele negou que a iminente reforma ministerial esteja influenciando nesse prazo. “Lira deixou claro que essa pauta econômica não ia ter contaminação ou ruído da esfera política”. No entanto, Cajado afirmou que o governo Lula “tem batido cabeça”. “Erra o governo ao anunciar nomes [os deputados André Fufuca e Silvio Costa Filho como futuros ministros] sem que haja ministérios definidos: cria um ambiente desfavorável”.
Segundo o deputado, ninguém da equipe econômica do governo o procurou nesta nova fase da tramitação da proposta. “Até o dia de hoje, ninguém me procurou”, disse, referindo-se, por exemplo, aos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento).
Cajado defendeu, ainda, as mudanças na forma de cálculo do Fundo Constitucional do DF e acrescentou que lideranças políticas de Brasília usam “uma narrativa equivocada” ao prever prejuízo para o DF. “Mas não vou fazer cavalo-de-batalha com isso. Não serei o algoz do Fundo Constitucional”.