O que aconteceu no Rio Grande do Sul? Entenda o desastre que já matou 100 pessoas

Ricardo Stuckert/PR
Ricardo Stuckert/PR

As fortes chuvas no Rio Grande do Sul causaram alagamentos, desabamentos e muitos estragos. Ao todo, de acordo com o balanço oficial, 100 pessoas morreram e 128 estão desaparecidas desde o último dia 29, quando os impactos graves começaram a aparecer.

Agência Brasil

Ainda segundo o governo gaúcho, mais de 66 mil moradores estão em abrigos. O desastre climático já afetou mais de um milhão de pessoas em todo o estado.

QUANDO COMEÇOU?

As chuvas se iniciaram no dia 27 de abril, em diversos municípios do Vale do Rio Pardo e do Vale do Taquari, como Lajeado, Mussum e Estrela. No dia seguinte, o Instituto Nacional de Metereologia (Inmet) apontou risco de tempestade em todo o estado.

Jeff Botega/Agência RBS via REUTERS

PRIMEIRAS MORTES

As primeiras vítimas fatais foram registradas no dia 30 de abril, quando dois homens morreram após o carro onde estavam ser arrastado pela água no município de Paverama/RS.

Estradas da região foram bloqueadas e o número de óbitos subiu rapidamente para oito. Após dois dias de muita chuva, com registros de enchentes, o número de mortes saltou para 32.

Diego Vara/REUTERS

SITUAÇÃO RARA

Três fenômenos se juntaram para que a tragédia acontecesse: ventos úmidos originados da região norte do país, forte frente fria presente no sul e uma área de alta pressão no centro do Brasil. Com isso, a passagem de núvens ficou bloqueada, fazendo com que elas ficassem paradas no estado gaúcho, o que faz parte do fenômeno El Nino.

CAOS EM PORTO ALEGRE

Com o nível dos rios acima do normal, o Guaíba, em Porto Alegre, passou a cota de inundação em poucas horas, atingindo 3,63 metros. O Centro Histórico da capital, onde está localizado o Mercado Municipal, além de bairros próximos ao rio, foram inundados. Mesmo sem chuva, por conta do alto volume de água que desembocava no Guaíba, em virtude das tempestades na Serra, Vale do Rio Pardo e Vale do Taquari, o nível atingiu 4,6 metros, e fez com que boa parte da capital gaúcha e da região metropolitana ficasse debaixo d’água.

A situação piorou após o rompimento da barragem 14 de Julho, no interior do estado, o Guaíba chegou ao nível histórico de 5,30 metros. No domingo, 05, o boletim das autoridades apontou 75 mortes. Uma explosão em um posto de combustíveis na Zona Norte de Porto Alegre foi registrada.

Foto: reprodução

Cerca de 100 mil casas foram destruídas ou danificadas pelas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. O prejuízo é de R$ 4,6 bilhões e 99,8 mil casas foram afetadas, calcula a Confederação Nacional de Municípios. Dados são parciais, já que ainda há cidades submersas pela água onde danos não foram medidos. Segundo boletim divulgado pela Defesa Civil, 414 cidades foram afetadas pelas chuvas.

CUIDADO COM FAKE NEWS

O Governo Federal pretende usar a Polícia Federal para investigar e responsabilizar quem divulga notícias falsas relacionadas com a tragédia climática no Rio Grande do Sul. A informação foi divulgada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante reunião com outros ministros na sala de risco montada para coordenar as ações.

Governo gaúcho pediu, por meio das redes sociais, que a população não compartilhe informações falsas

MAIS CHUVA PREVISTA PARA A REGIÃO

A chuva deve se concentrar em pontos do Norte e Nordeste do estado, sobretudo na região da Serra. Para os próximos dias, estão previstos de 100 mm a 200 mm de chuva. Apesar do volume de chuva não ser considerado extremo, ele atingirá as cabeceiras de vários rios, que deságuam no Guaíba. A MetSul ressalta que o ciclone que atinge a Argentina não vai se aproximar do Rio Grande do Sul. O tempo deve voltar a melhorar entre a terça-feira (14) e a quarta-feira (15).

GRUPO THATHI SE UNE À CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE

Com a tragédia enfrentada pelo Rio Grande do Sul, que sofre com as enchentes em praticamente todo o estado, principalmente na capital Porto Alegre, o Grupo Thathi de Comunicação se une à campanha de solidariedade para as vítimas do Sul do Brasil, reforçando a veiculação de notícias verdadeiras, apuradas e checadas para valorizar, cada vez mais, a união no auxílio de todos os afetados.

FALTA ENERGIA, ÁGUA E SINAL DE TELEFONIA

Há 543.776 casas sem água. O número foi divulgado pela Companhia Riograndense de Saneamento em balanço da manhã desta quarta (9). A fábrica da Ambev em Viamão (RS) parou a produção de cervejas para envasar água potável e distribuir à população.

Falta energia em pelo menos 408 mil residências e pelo menos 31 municípios do estado estão sem serviços de telefonia e internet. Parte do fornecimento de energia foi cortado por segurança de pessoas ilhadas e equipes de resgate.

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