O silêncio de Mauro Cid na CPMI

Vou falar sobre um dos assuntos que dominaram a semana, o depoimento, terça-feira, do tenente-coronel Mauro Cid à CPMI do 8 de janeiro. Graças a habeas-corpus obtido no Supremo Tribunal Federal, ele usou o silêncio para não se autoincriminar. Foi além, e não respondeu sequer quando indagado sobre sua idade
Chamou também a atenção o ex-ajudante de Ordens da Presidência ter comparecido fardado. Em nota, o comando do Exército justificou a orientação, com o argumento de que o oficial foi convocado à Comissão Parlamentar para “tratar de temas referentes à função para a qual fora designado pela Força”.

O texto como formulado permitiu a interpretação de que o golpismo – motivo da convocação do oficial – estaria entre as atividades para a qual ele foi designado no governo Bolsonaro. E a instituição representada, o Exército, acabou dando respaldo ao silêncio do representante, Mauro Cid. Um tiro no pé. As Forças Armadas precisam virar a chave. Para mostrar ao País que querem se livrar da nódoa que foi o envolvimento quase simbiótico com um Chefe de Governo que passou quatro anos tentando demolir as instituições democráticas.

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