Dez anos depois da morte do garoto Joaquim Ponte Marques, na época com três anos de idade, o padrasto Guilherme Raymo Longo foi condenado na noite deste sábado, 21, a 40 anos de prisão. A psicóloga Natália Mingoni Ponte, mãe da vítima, foi inocentada. O julgamento do caso começou na última segunda-feira, 16, em Ribeirão Preto.
O julgamento
Cerca de 30 pessoas, entre familiares, peritos e médicos, foram ouvidas durante o julgamento. Os dois acusados, no entanto, prestaram depoimento na última sexta-feira, 20. Tanto a mãe quanto o padrasto falaram por mais de três horas. Natália disse acreditar que o homem havia matado o seu filho. Por outro lado, Guilherme justificou que fugiu para a Espanha em 2016 para escapar da ameaça de traficantes e assumiu o consumo de drogas.
A decisão foi tomada por um júri formado por sete pessoas, sendo a maioria mulheres. Após um embate intenso entre a defesa das duas partes, a sentença foi divulgada na noite deste sábado, 21. Guilherme Raymo Longo, o padrasto, foi condenado a prisão em regime fechado por homicídio qualificado por motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima e meio cruel. A mãe da criança foi absolvida. Cabe recurso.
O caso que chocou o país
A morte de Joaquim é um dos crimes mais chocantes da história do município. Em novembro de 2013, o menino foi encontrado já sem vida no Rio Pardo, em Barretos, cinco dias depois de ser dado como desaparecido.
O padrasto da vítima foi acusado de utilizar uma alta dose de insulina na criança, que possuía diabetes, e depois jogar o corpo em um córrego localizado nas proximidades da casa da família.
Na época, Guilherme concedeu diversas entrevistas durante as buscas pelo garoto, que era considerado desaparecido. No entanto, em 2016, durante uma reportagem da Record TV, o padrasto confessou ter matado a criança. Ele detalhou que comprimiou a lateral do pescoço para que ele desmaiasse sem dor. O objetivo era melhorar o relacionamento com a mãe da vítima.