Setor de planos de saúde para pets vive ‘boom’

Uma pesquisa das empresas Pelove e DogHero revelou que 54% dos entrevistados adotaram um animal de estimação para ajudar a aplacar a solidão do isolamento imposto pela pandemia. Dentro desta estatística está Thálita Custódio, de 34 anos, que adotou a cachorra Duda Maria em janeir. Pouco tempo depois, porém, Thálita descobriu que Duda precisaria de uma cirurgia no intestino. A ONG responsável pela adoção cobriu parte dos custos, mas ela teve de pagar cerca de R$ 500 para a anestesia e medicamentos. Deu tudo certo, mas a preocupação fez com que ela começasse a pesquisar planos de saúde, para evitar gastos inesperados. “Sem plano fica complicado.”

Foto: Banco de Imagens

Segundo dados do Instituto Pet Brasil, em 2020, o mercado pet faturou R$ 40,1 bilhões, alta de 13,6% em relação a 2019. Empresas que oferecem planos de saúde para cães e gatos, caso da Plamev Pet, registraram um crescimento significativo. No ano passado, a companhia teve faturamento de R$ 5 milhões, 500% a mais na comparação com 2019.

 

A Plamev oferece planos de saúde de R$ 29 a R$ 404, conforme a cobertura, carência e periodicidade. “Na pandemia, as pessoas começaram a perceber mais seus pets”, diz Pedro Svacina, presidente da Plamev Pet. Entre os planos, uma opção mais simples oferece assistência telefônica.

 

Cobertura

Segundo Svacina, os planos têm cobertura nacional e todos os meses cerca de 80 novos hospitais e clínicas passam a aceitar a Plamev Pet. O número de clientes não é divulgado, mas a previsão é fechar 2021 com receita de R$ 10 milhões, o dobro de 2020.

 

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae com base em dados da Receita mostra que, no primeiro semestre, houve um aumento de 36% de micro e pequenas empresas no segmento pet. É o caso dos empreendedores Ana Luisa Seleme e Alexandre Berger, que há quatro meses criaram o plano digital Petwell. “Para fazer nosso plano, o tutor entra no site e preenche informações do perfil do pet. Com base nisso, ele tem um preço personalizado”, diz Ana. Os preços vão de R$ 120 e R$ 175.

 

Tecnologia

A Petwell não trabalha com rede credenciada; o tutor pode levar o animal a qualquer clínica. O diferencial é o uso da tecnologia para facilitar o reembolso. “O cliente só precisa enviar a nota fiscal e o relatório médico pelo aplicativo. O reembolso ocorre em até cinco dias úteis.” Hoje, a empresa tem 180 contratos e pretende fechar o ano com 250. Para 2022, a meta é 3 mil.

 

Outra novidade do mercado é o Au!Happy, do Grupo First, criado no mês passado. “Já temos experiência na área da saúde humana e percebemos a movimentação exponencial no setor pet”, diz Rodrigo Felipe, sócio-diretor da marca. São três planos que vão de R$ 50 a R$ 120 e funcionam por convênio. A empresa tem hoje mais de 250 funcionários em áreas como call center e marketing. “Acreditamos que até o fim de junho teremos um aumento de 150% da mão de obra.”

 

Agência Estado

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