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Jamarri Nogueira
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O Clape Clape Clape é um blog dedicado à cobertura cultural, com conteúdos sobre cinema, artes e manifestações culturais. O espaço reúne análises, notícias e informações atualizadas sobre movimentos e tendências do setor. Dentro do Clape Clape Clape, Jãmarrí Nogueira atua como responsável pela produção de conteúdo cultural, com foco em cinema e artes. Sua experiência no jornalismo, acumulada ao longo de mais de três décadas em redações, rádios e portais, orienta a abordagem informativa do blog. Ele contribui com análises, críticas e observações sobre o cenário cultural, integrando ao espaço a mesma atuação que desempenha em veículos e projetos onde trabalha como jornalista, crítico de cinema e apresentador. Jãmarrí Nogueira é graduado em Jornalismo pela UFPB e pós-graduado em Jornalismo Cultural pela FIP. Atua como jornalista há mais de 30 anos, tendo integrado equipes dos jornais O Norte, A União, Jornal da Paraíba e Correio da Paraíba. Foi colaborador também de O Globo e O Estado de S. Paulo. Na área de rádio, trabalhou na Cabo Branco FM, Cidade Verde AM, CBN e Tabajara FM. Ainda nos portais 247 e MaisPB. Já integrou o corpo docente da graduação em Jornalismo da FIP. Atualmente, integra a Assessoria de Comunicação da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc). Também é crítico de cinema na Band News Manaíra e tem blog cultural no TH+, além de apresentar o programa Espaço Cultural (na Tabajara FM). Atua como cerimonialista/apresentador de diversos eventos, como o Fest Aruanda (festival de cinema), Pretitudes e o Festival de Música de Paraíba.

Um ano hoje sem Vladimir Carvalho, maior documentarista do Brasil

Cineasta de extrema força e com conteúdos libertadores e revolucionários, Vladimir Carvalho mostrou que é preciso endurecer frente à opressão

O cineasta Vladimir Carvalho em sua casa. | Foto: Sergio Amaral
O cineasta Vladimir Carvalho em sua casa. | Foto: Sergio Amaral

Quem me mostrou a filmografia do paraibano Vladimir Carvalho foi João Carlos Beltrão, no comecinho da década de 1990. Vem daí, inclusive, meu interesse pelo estudo cinematográfico e a minha cinefilia.

Tudo infuência de João Carlos e das muitas visitas ao Núcleo de Documentação Cinematográfica da UFPB, onde eu cursava a graduação em Jornalismo naqueles verdes anos. Éramos felizes e sabíamos!

Foi no Nudoc que eu assisti a grandes documentários de Vladimir, como ‘Romeiros da Guia’ (1962), ‘A bolandeira’ (1967), ‘O País de São Saruê’ (1971), ‘A pedra da riqueza’ (1976) e ‘Conterrâneos velhos de guerra’ (1991).

À época, conhecia Vladimir (radicado em Brasília-DF) somente de nome e obra. Alguns anos mais tarde tive a oportunidade de trocar palavras – em uma de suas vindas ao Estado da Paraíba. Trocamos ideias. Pude entrevistá-lo (inclusive em uma live durante a pandemia) e, claro, tietar!

Mas somente quando de sua última participação no XVIII Fest Aruanda (festival de cinema em João Pessoa), em 2023, pude dizer a ele a respeito da expressão que usava quando seu nome era o foco da conversa entre amigos cinéfilos: ‘Vladimir é um príncipe!’.

Eu dizia sempre isso. Força, poesia e polidez de ruma em apenas uma pessoa! Contei a Vladimir e ele sorriu agradecendo. Eu disse ainda que só conhecia dois príncipes: ele e Paulinho da Viola.

Vladimir riu e me disse: “agora fiquei ainda mais contente com o elogio. Muito obrigado!”. Hoje faz um ano do falecimento do maior documentarista do Brasil. Bateu uma saudade de sua energia contagiante e de seu sorriso acolhedor.

Cineasta de extrema força e com conteúdos libertadores e revolucionários, Vladimir Carvalho mostrou que é preciso endurecer frente à opressão, mas tratou de nunca perder os sonhos e a ternura.

A fala doce e pausada e articulada contando mil histórias e percepções aquilinas, com capacidade reflexiva ímpar. Mais que sempre, é preciso conhecer a filmografia de Vladimir. Documentários realizados, principalmente, na Paraíba e em Brasília.

A obra do cineasta paraibano segue necessária e fundamental para compreender o Brasil. Uma filmografia com assinatura de quem exercita o saber e a reflexão e a poesia (nas palavras e nas imagens). Vladimir vive!!!

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