Com a chegada oficial do verão nesta semana e a proximidade das festas de Réveillon, cresce o número de pessoas em deslocamento para casas de praia, viagens e confraternizações. O período, marcado por altas temperaturas e aumento da circulação de pessoas, exige atenção especial à saúde. Na edição desta sexta-feira (26) do programa “Com Você”, da TH+ SBT Tambaú, a otorrinolaringologista Dra. Isabele Braz apresentou orientações para ajudar a população a aproveitar as férias com mais tranquilidade.
Segundo a médica, o verão favorece o aumento de problemas no ouvido, nariz e garganta. Entre os fatores que contribuem para esse cenário estão o uso frequente de piscinas e praias, o contato com ambientes fechados e com poeira, o aumento do uso de ar-condicionado e o consumo de bebidas geladas e alcoólicas.
A especialista explicou que o excesso de água na região do ouvido pode fragilizar a pele e facilitar infecções. Já em residências utilizadas apenas nesta época do ano, como casas de veraneio, a falta de manutenção de ar-condicionados e a presença de partículas acumuladas podem contribuir para irritações respiratórias.
Voz e refluxo
Durante a entrevista, Dra. Isabele comentou que o aumento do consumo de líquidos gelados não é necessariamente o único responsável por desconfortos na garganta, mas pode contribuir para fadiga vocal, pigarro e rouquidão quando aliado ao uso frequente. Ela destacou ainda que bebidas alcoólicas e refrigerantes podem favorecer o refluxo, o que também provoca sintomas na voz.
Exposição ao som e audição
Com a realização de shows e eventos típicos das festas de fim de ano, a preocupação com a saúde auditiva também aumenta. A médica alertou para o risco de exposição prolongada a sons acima de 80 decibéis, comum próximo às caixas de áudio de grandes estruturas. Entre os sintomas relatados após os eventos estão zumbido, sensação de ouvido “cheio” e alteração temporária da audição. Em casos em que o quadro não melhora em até dois dias, a recomendação é procurar avaliação especializada.
Cuidados com crianças
Para crianças que apresentam histórico de otites, a médica destacou a importância de atenção redobrada. Quando não for possível evitar o contato com piscinas e mar, orientou que responsáveis busquem manter o ouvido o mais seco possível após o banho, utilizando métodos seguros e apropriados para evitar a umidade excessiva — principal fator associado ao desenvolvimento de infecções.
Nariz, hidratação e verão
O ar-condicionado ligado por longos períodos pode favorecer o ressecamento nasal, facilitando a entrada de vírus e bactérias. Além disso, segundo a especialista, a desidratação é frequente no verão e afeta também as cordas vocais, tornando a ingestão regular de água essencial durante as atividades de lazer.
A médica reforçou ainda que a estação combina fatores que afetam o sistema imunológico, como noites mal dormidas, exposição ao sol, consumo elevado de álcool e aglomerações, aumentando a circulação de vírus e infecções respiratórias.



