A Prefeitura de João Pessoa publicou, na edição desta quarta-feira (10) do Diário Oficial do Município, uma portaria que traz novas regras para quem precisa acessar as áreas internas do Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica). A medida, assinada pelo secretário municipal de Meio Ambiente, Welison Araújo Silveira, surge dez dias após a morte de um jovem, que invadiu o recinto dos leões ao escalar uma parede de mais de seis metros, ultrapassar as grades de segurança e subir em uma árvore até alcançar a área restrita.
A portaria destaca que é importante organizar melhor o acesso às áreas restritas do parque, principalmente para evitar riscos e garantir a segurança de todos. A ideia é manter um controle mais rigoroso sobre quem entra nesses espaços, que exigem cuidados específicos, além de deixar o ambiente mais seguro para servidores, visitantes e, claro, para os animais que vivem no local. A medida
Com as novas regras, o acesso aos recintos dos animais passa a ser permitido apenas a funcionários autorizados da Bica ou a pessoas que forem liberadas pelo secretário ou pela Diretoria Técnica do parque. Quem entrar nessas áreas precisa usar roupas apropriadas e todos os equipamentos de proteção necessários, tanto para segurança individual quanto para evitar qualquer estresse ou risco aos animais.
A portaria também determina que pessoas que não fazem parte da rotina de manejo só poderão entrar após fazer um pedido formal e apresentar seus dados à direção do parque. Além disso, fica proibido levar celulares, câmeras e outros aparelhos para dentro dos recintos, a não ser em casos excepcionais, quando houver autorização prévia.
A nova regulamentação ocorre em meio à repercussão da morte do jovem que conseguiu acessar irregularmente o recinto dos felinos. Gerson de Melo Machado, de 19 anos, morreu no dia 30 de novembro após ser atacado por uma leoa. Ele era conhecido como Vaqueirinho e tinha transtornos mentais.
Em nota, a Prefeitura de João Pessoa informou que equipes de segurança tentaram impedir a ação, mas o homem agiu rapidamente, conseguindo ultrapassar as barreiras físicas e entrar na área restrita. Após o ataque, o parque foi imediatamente fechado para procedimentos de segurança e remoção do corpo.
A administração da Bica afirmou que o recinto segue a instrução normativa do Ibama, responsável por estabelecer padrões de construção para garantir a segurança de visitantes, profissionais e animais. Segundo o parque, as estruturas do local superam os requisitos mínimos, incluindo barreiras com acréscimo de mais de 2 metros e borda negativa de 1,5 metro, projetadas para impedir escaladas.
