A Justiça da Argentina autorizou a extradição de Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias, sócio-proprietários da Braiscompany, segundo informações da Justiça Federal da Paraíba nesta quarta-feira (3). O casal ainda pode apresentar recurso contra a decisão e não há data definida para retorno ao Brasil.
O casal desviou cerca de R$ 1,11 bilhão e teve mais de 20 mil clientes como vítimas na captação de investimentos da Braiscompany, empresa de gestão de ativos digitais e soluções em blockchain. Eles estão presos desde fevereiro de 2024, após um ano foragidos, e aguardavam a conclusão do processo de extradição em prisão domiciliar na Argentina.
A Polícia Federal informou que não há prazo determinado para a finalização do processo. “Depende da legislação argentina. Em um caso semelhante, levou cerca de três meses”, afirmou, acrescentando que, após a extradição, o casal será trazido ao Brasil para responder às penas, que somam 150 anos de reclusão.
Prisão e prisão domiciliar na Argentina
Antônio Neto e Fabrícia Farias foram presos em 29 de fevereiro de 2024, na cidade de Escobar. Fabrícia conseguiu aguardar a extradição em liberdade mediante fiança e cumprimento de medidas cautelares, considerando que é mãe de dois filhos menores. Antônio também conseguiu, em maio, autorização para prisão domiciliar, com monitoramento rigoroso para evitar fuga.
A Braiscompany prometia retornos de até 8% ao mês, considerados irrealistas pelo mercado, atraindo milhares de investidores, principalmente em Campina Grande, que aplicaram suas economias pessoais na empresa.
A defesa do casal não foi localizada para comentar a decisão desta quarta-feira.
