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Gestão educacional da Índia inspira ações na Paraíba

Em entrevista, secretário detalha viagem técnica, defende integração de dados e avalia desempenho da educação em 2025

Gestão educacional da Índia inspira ações na Paraíba
Secretário Wilson Filho foi entrevistado nesta terça (09) no programa Manhã TH+ | Foto: Reprodução TH+ SBT Tambaú

Uma missão técnica organizada pela Fundação Lemann e pelo Ministério da Educação levou representantes de diversos estados brasileiros à Índia, onde conheceram um sistema de gestão educacional considerado referência mundial. A visita ocorreu neste mês e contou com a participação da Paraíba, representada pelo secretário de Educação, Wilson Filho, que afirmou que o modelo indiano de integração de dados servirá de base para a implantação de um programa nacional previsto para iniciar em 2026.

Durante entrevista ao Manhã TH+ nesta terça-feira (09), o secretário explicou que a Índia enfrenta problemas amplificados pela alta população. “É o país mais populoso do mundo e, mesmo com desafios de saneamento, mobilidade e alimentação, conseguiu organizar dados educacionais em alta escala”. O secretário destacou que essa experiência motivou a criação de um programa federal de universalização de dados educacionais que será testado nos estados convidados pela Fundação Lemann.

O secretário citou dificuldades atuais na obtenção de informações básicas sobre a rede pública, como a quantidade de alunos que migram da etapa municipal para a estadual, o impacto do Primeira Chance no acesso ao primeiro emprego e a confirmação de matrículas de aprovados no Enem. Ele afirmou que a falta de integração impede análises mais precisas sobre políticas públicas e acrescentou que o novo sistema permitirá acompanhar trajetórias escolares com maior clareza.

Desempenho

Ao comentar o desempenho da educação em 2025, o secretário disse que a Paraíba alcançou recordes em programas pedagógicos e em indicadores de aprendizagem, com monitoramento diário de cerca de 600 escolas, 200 mil estudantes e 17 mil professores. Ele informou que a rede passou a acompanhar frequência de professores e alunos, notas por turma e evolução de desempenho por escola, o que fortaleceu o planejamento pedagógico. Ele destacou que o estado atingiu 96% de participação neste ciclo.

O secretário afirmou que a Paraíba avançou na melhoria da alimentação escolar, na expansão da tecnologia educacional, na oferta de óculos de realidade virtual e no programa Amanhã Digital, que já tem licitação aberta para ampliar a velocidade da internet nas escolas no próximo ano. “Todas as escolas já têm internet, mas vamos entregar uma conexão rápida e segura em 2026, com investimento de cerca de 70 milhões de reais”, afirmou. Com isso, a rede ampliará o uso pedagógico de realidade virtual.

O secretário respondeu a críticas sobre infraestrutura, climatização e contratação de professores. Ele afirmou que “existem falhas, mas o estado nunca fez tantas reformas, ampliações e construções” e destacou que “a Paraíba saiu de 50 escolas climatizadas no ano passado para mais de 350 este ano”

Wilson Filho relatou ainda o aumento no número de formações para professores e mencionou programas como Primeira Infância, aprendizagem na idade certa e intercâmbio estudantil, que enviou alunos para países como China, Canadá, Inglaterra e Espanha. O secretário disse que reconhece desafios estruturais, mas afirmou que a Paraíba vive um ciclo de avanços consistentes na educação pública.

Programa “Antes Que Aconteça nas Escolas”
A entrevista também detalhou o lançamento do programa de prevenção à violência contra a mulher que chega à rede estadual nesta quarta-feira. O secretário afirmou que “a Paraíba será o primeiro estado do país a implantar dentro das escolas a política de prevenção”. Ele explicou que “o que a gente vê diariamente são casos do leito derramado, quando a polícia prende o agressor ou quando o pior acontece e alguém mata uma mulher, uma filha, uma mãe, uma vizinha. Isso se chama feminicídio”.

O secretário declarou que “a cultura da violência contra a mulher nasce muitas vezes na infância, quando alguém ensina consciente ou inconscientemente que aquilo é normal”. Ele afirmou que o programa levará às escolas uma cartilha e ações formativas para reforçar que “aquilo não é normal e que toda relação precisa ter respeito”.

A formalização do convênio ocorre nesta quarta-feira, 9 de dezembro, às 9h30, no Centro Administrativo Estadual, em Jaguaribe, com a presença de autoridades, educadores e representantes do Antes Que Aconteça.

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