O estreitamento do canal da coluna, condição conhecida como estenose de canal, pode provocar dor, dormência, formigamento e até fraqueza muscular, especialmente em braços ou pernas, a depender da região afetada. O tema foi abordado no programa Com Você, exibido nesta terça-feira (16), na TH+ SBT Tambaú, durante o quadro Vida Sem Dor, apresentado por Fernandinha Albuquerque.
Para esclarecer o assunto, o programa recebeu o neurocirurgião Erickson Bonifácio, que explicou a condição a partir do caso recente da apresentadora Xuxa Meneghel, que passou por um procedimento cirúrgico minimamente invasivo na coluna lombar. Segundo o especialista, a estenose é caracterizada pelo estreitamento das estruturas por onde passam os nervos, o que pode levar à compressão nervosa.
De acordo com o médico, a estenose do canal lombar é bastante comum e está relacionada, principalmente, ao envelhecimento. “Cerca de 80% das pessoas acima dos 55 anos apresentam algum grau de estreitamento, embora apenas 17% desenvolvam sintomas clínicos relevantes”, explicou. Entre as causas mais frequentes estão a artrose, o desgaste dos discos intervertebrais, a presença de hérnia de disco e o surgimento de pontas ósseas, conhecidas popularmente como “bico de papagaio”.
No caso de Xuxa, que tem 62 anos, a compressão ocorreu entre a quarta e a quinta vértebras lombares, provocando dor irradiada para a perna esquerda e sinais de fraqueza, após um longo período de sintomas. Antes da cirurgia, segundo o especialista, é comum tentar o tratamento conservador, com medicamentos, fisioterapia e controle da inflamação. A intervenção cirúrgica é indicada quando não há melhora ou quando a dor passa a limitar as atividades diárias.
A cirurgia realizada foi uma foraminoplastia endoscópica, técnica minimamente invasiva que amplia a passagem do nervo comprimido. “É um procedimento que faz parte da nossa rotina e permite recuperação mais rápida”, destacou Erickson Bonifácio.
Durante a entrevista, o neurocirurgião também alertou para os principais sintomas da estenose, que incluem dor na coluna, dor irradiada para braços ou pernas, dormência, formigamento e episódios de falha ou perda de força nos membros. Em casos mais graves, especialmente quando a compressão ocorre na região cervical, os sintomas podem ser mais intensos.
O especialista reforçou ainda que sentir dor não deve ser considerado normal, mesmo na terceira idade. “Ninguém precisa se acostumar a viver com dor. Dor não é vida, é sobrevida”, afirmou. A recomendação é buscar avaliação médica sempre que os sintomas persistirem, independentemente da idade.
O quadro Vida Sem Dor vai ao ar semanalmente dentro do programa Com Você, trazendo informações sobre saúde da coluna, dor crônica e qualidade de vida.
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