RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Projeto de incentivo à leitura é vetado por falta de previsão orçamentária

Segundo o prefeito, apesar de a proposta ter uma “boa intenção” ao incentivar a leitura e ampliar o acesso à cultura, o texto aprovado pelos vereadores determina uma série de obrigações que cabem exclusivamente ao Executivo.

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, decidiu vetar totalmente o Projeto de Lei nº 053/2025, criado pelo vereador Tarcísio Jardim, que previa a criação do Programa Cheque Livro, uma iniciativa para oferecer um valor em dinheiro a crianças e jovens comprarem livros em livrarias parceiras.

A decisão foi enviada ao presidente da Câmara Municipal, vereador Valdir José Dowsley, e baseada no entendimento de que o projeto estabelece ações que só podem ser propostas pelo Poder Executivo, e não pelo Legislativo.

Segundo o prefeito, apesar de a proposta ter uma “boa intenção” ao incentivar a leitura e ampliar o acesso à cultura, o texto aprovado pelos vereadores determina uma série de obrigações que cabem exclusivamente ao Executivo.

Entre elas estão:

  • definir o valor do benefício;
  • organizar a estrutura do programa;
  • fazer a divulgação oficial;
  • montar uma campanha permanente de incentivo à leitura;
  • firmar parcerias e convênios;
  • garantir os recursos necessários no orçamento.

Para a Prefeitura, isso significa que o projeto interfere diretamente na forma como a administração pública funciona, o que só poderia ser proposto pelo próprio prefeito, conforme regras da Lei Orgânica do Município.

A justificativa do veto também lembra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que impedem vereadores e deputados de apresentarem projetos que criem programas, despesas ou novas atribuições para o Executivo sem indicar de onde virá o dinheiro para bancar esses custos.

O documento cita, inclusive, um caso julgado no Rio de Janeiro, em que o STF derrubou uma lei municipal por entender que o Legislativo não pode impor novas obrigações ao Executivo sem seguir as regras de responsabilidade fiscal e organização administrativa.

O prefeito destaca ainda que o projeto não apresenta nenhuma estimativa de gastos, o que é obrigatório quando se propõe criar um benefício financeiro com dinheiro público.

Sem essa previsão, segundo a justificativa, o projeto se torna inviável para ser colocado em prática.

Com o veto total, o texto foi enviado de volta à Câmara Municipal, que agora deve decidir se mantém ou derruba a decisão do Executivo.

O texto apresenta um erro que impede sua aprovação. Por isso, opto pelo veto total”, afirmou Cícero Lucena na mensagem encaminhada aos vereadores.

A Prefeitura reforçou que, mesmo quando o tema é importante, é preciso respeitar as regras que definem como um projeto de lei deve ser criado e aprovado.

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS