A exposição excessiva ao sol vai muito além de uma simples vermelhidão na pele. O tema foi destaque na edição desta quarta-feira (17) do programa Com Você, da TH+ SBT, apresentado por Fernandinha Albuquerque, que chamou a atenção do público para os riscos da queimadura solar, especialmente durante o verão.
Convidada do programa, a dermatologista Dra. Carla Marsicano explicou que a queimadura solar é, na prática, uma lesão na pele, podendo variar de quadros leves até situações mais graves, com impactos que se acumulam ao longo da vida. Segundo a especialista, mesmo queimaduras consideradas de primeiro grau, quando repetidas, podem trazer consequências futuras, como o aumento do risco de câncer de pele.
Durante a conversa, a médica reforçou que o uso do protetor solar deve começar antes da exposição, cerca de 30 minutos antes de sair ao sol, e ser reaplicado a cada duas horas, ou em intervalos menores em caso de suor excessivo ou contato com a água. Além disso, o filtro solar não dispensa outras formas de proteção, como camisas com proteção UV, chapéus, óculos escuros e sombrinhas adequadas, capazes de bloquear a radiação.
A atenção deve ser ainda maior com as crianças, já que os danos provocados pelo sol na infância tendem a se manifestar na vida adulta. “As doenças de pele são plantadas na infância, regadas na adolescência e colhidas mais tarde”, alertou a dermatologista, destacando a responsabilidade dos pais na proteção dos pequenos.
A Dra. Carla também explicou que a ausência de vermelhidão intensa não significa que a pele não sofreu danos. Ardência, desconforto e sensibilidade já caracterizam queimadura. Em casos mais severos, com bolhas, náuseas, vômitos, dor de cabeça ou mal-estar, a orientação é buscar atendimento médico imediato, pois pode haver desidratação e até necessidade de hidratação venosa.
Outro ponto abordado foi o consumo de bebidas alcoólicas, comum durante o lazer na praia, que contribui para a desidratação e agrava os efeitos da exposição solar. A recomendação é priorizar água e manter uma hidratação constante ao longo do dia.
Por fim, a especialista alertou para situações menos conhecidas, como a fitofotodermatose, causada pelo contato da pele com frutas cítricas, especialmente o limão, seguido de exposição ao sol, o que pode resultar em manchas e queimaduras.
A mensagem deixada pelo programa foi clara: proteger a pele é uma questão de saúde, e os cuidados devem ser contínuos, não apenas durante campanhas pontuais, mas ao longo de todo o ano.



