Com a chegada oficial do verão, a estação mais quente do ano, aumentam as altas temperaturas e a procura por praias, piscinas e atividades ao ar livre. O cenário típico da temporada, marcado por sol forte e mar convidativo, exige atenção redobrada com a saúde, especialmente em relação à exposição excessiva aos raios solares.
De acordo com especialistas, o período entre 10h e 16h concentra a maior incidência de radiação ultravioleta, sendo considerado o horário de maior risco. Apesar do clima favorável ao lazer, a exposição prolongada sem proteção pode trazer danos à pele, incluindo queimaduras solares e aumento do risco de câncer de pele.
A preocupação é ainda maior quando envolve crianças e idosos. Segundo dermatologistas, está comprovado cientificamente que queimaduras solares na infância elevam significativamente as chances de desenvolvimento de câncer de pele na vida adulta. Crianças a partir dos seis meses de idade já podem utilizar protetor solar, enquanto bebês mais novos devem ser protegidos com barreiras físicas, como roupas adequadas e sombra.
Os idosos também fazem parte do grupo mais vulnerável, não apenas pelos efeitos do sol na pele, mas pelo maior risco de desidratação, provocado pela menor ingestão de líquidos associada à exposição solar prolongada.
Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) apontam que o câncer de pele é o tipo mais incidente no Brasil, com cerca de 200 mil novos casos registrados por ano. Apesar dos números elevados, quando diagnosticada precocemente, a doença apresenta índice de cura superior a 90%.
Entre as principais orientações médicas estão o uso correto do filtro solar, que deve ser aplicado antes da exposição ao sol e reaplicado a cada duas horas, ou sempre após entrar no mar ou na piscina. Atualmente, alguns produtos permitem reaplicação mesmo com a pele molhada, o que facilita o uso em crianças. Além disso, é recomendado o uso de chapéus, bonés, roupas com proteção UV e óculos de sol.
Outras medidas incluem ingestão frequente de água, consumo de frutas ricas em líquidos, banho de água doce após sair do mar ou piscina e a hidratação da pele com cremes ou loções adequadas ao tipo de pele.
Especialistas reforçam que os cuidados devem ser mantidos durante todo o verão, especialmente no período de férias escolares, quando o tempo de exposição ao sol tende a ser maior. A orientação é clara: aproveitar a estação com responsabilidade, priorizando a prevenção e o cuidado com a saúde, para que o lazer não se transforme em risco.



