O verão no Hemisfério Sul tem início neste domingo (21) e chega à Paraíba com a combinação típica de calor intenso e tempo abafado. O prognóstico climático divulgado nesta semana pela Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (AESA) aponta que, no primeiro trimestre de 2026, as chuvas no estado devem variar de dentro da média a abaixo do esperado, com irregularidade na distribuição espacial e temporal, sobretudo no semiárido paraibano.
Segundo o boletim, que analisa o período entre janeiro e março de 2026, as regiões do Alto Sertão, Sertão, Cariri e Curimataú, que historicamente concentram os maiores volumes de precipitação neste trimestre, podem enfrentar chuvas irregulares, condicionadas principalmente por fatores oceânicos e atmosféricos de escala global.
O documento aponta ainda a persistência de condições relacionadas ao fenômeno La Niña, caracterizado por temperaturas da superfície do mar abaixo da média no Pacífico Equatorial. Mesmo havendo indicação de enfraquecimento ao longo do verão no Hemisfério Sul, os reflexos do fenômeno continuam a influenciar a circulação atmosférica.
Para o Litoral, o Brejo e o Agreste, áreas cujo período mais chuvoso se concentra entre abril e julho, a AESA prevê que os acumulados de chuva no trimestre permaneçam em torno da média histórica, mesmo fora do auge da quadra chuvosa.
O verão segue até 20 de março de 2026 e é marcado por altas temperaturas e mudanças rápidas no tempo, com possibilidade de chuvas intensas, ventos fortes, granizo e descargas elétricas em todas as regiões do Brasil. A estação ocorre devido à maior incidência de radiação solar no Hemisfério Sul, o que resulta em dias mais longos que as noites.
Previsão mensal na Paraíba
- Janeiro/2026: o mês deve ser marcado por grande variabilidade climática, com possibilidade de chuvas pontualmente intensas, influenciadas pela atuação de Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN). No geral, a tendência é de precipitações entre a média e abaixo da média.
- Fevereiro/2026: período que sinaliza o início da atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema responsável pelas chuvas no semiárido. Mesmo assim, a previsão aponta para distribuição irregular das precipitações.
- Março/2026: mês historicamente mais chuvoso no interior do estado, deve registrar volumes próximos da média climatológica, porém com elevada variabilidade temporal e espacial.



