O pagamento do 13º salário em Ribeirão Preto este ano deve injetar um valor líquido de R$ 557.462.257,04 na economia. O cálculo é do Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB) da Associação Comercial e Industrial da cidade (Acirp).
O levantamento toma como base dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de que o município possui 236.139 trabalhadores ativos e aptos a receber o benefício em 2023. O pagamento do 13º salário é feito em duas parcelas: a primeira até 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro.
Considerando os setores de comércio, serviços, indústria, construção civil e agropecuária, estima-se que a injeção total na economia será de R$ 633.479.837,54 (em termos brutos) e de R$ 557.462.257,04 quando deduzida a alíquota dos 12% do INSS.
“Desse recurso bruto, 84% é proveniente do setor de comércio e serviços, que juntos somam o maior estoque de mão de obra, com 197.079 empregos e R$ 534.557.079,60 em 13º salários”, afirma Lucas Ribeiro, analista do IEMB.
A estimativa é que R$ 448.015.692,11 do montante líquido injetado sejam revertidos em consumo na própria cidade. O salário médio bruto do segmento de comércio e serviços é de R$ 2.712,40.
A indústria em Ribeirão tem hoje 24.955 empregados com salário médio de R$ 2550,41, gerando um volume bruto de R$ 63.645.481,55 em 13º salários. Na construção civil o salário médio foi de R$ 2.455,11 com 13.172 empregos e R$ 32.338.708,92 em 13º.
Por fim, agropecuária registrou a maior média salarial, estimada em R$ R$ 3.149,59, e registrou 933 empregados, totalizando R$ 2.938.567,47 em benefícios de 13º neste fim de ano.
“Comparativamente aos anos anteriores, a injeção de 13º salário em 2023 teve redução de 16,95% em relação a 2022. Veja que, em 2021, estima-se que em termos brutos R$ 733.229.902,9 foram injetados na economia, enquanto o montante cresceu 4,03% em 2022, alcançando o valor de R$ 762.770.349,75”, destaca o analista do IEMB – Acirp.
A análise por setor aponta que comércio/serviços e indústria registraram as maiores quedas entre 2022 e 2023, de 17,8% e 16,5%, respectivamente. Já as injeções da construção civil e agropecuária caíram 1,3% e 8,9%.
“A queda no montante total em 2023 é devido, sobretudo, à redução do rendimento médio nominal dos trabalhadores, cujo efeito superou o crescimento do estoque de mão de obra”, diz Ribeiro.
Por outro lado, o número de empregados aumentou 2,4% de 2022 até agosto de 2023 (último dado disponível), sendo que o salário médio nominal caiu 9,09% no ano corrente. A arrecadação do INNS em 2021 e 2022 foi de R$ 87.987.588,35 e R$ 91.532.441,97, tendo caído em 2023 para R$ 76.017.580,50.