9 de julho, uma avenida cheia de histórias em Ribeirão Preto

9 de julho- uma avenida cheia de histórias
Foto: Redes Sociais

A Avenida Nove de Julho inicia na Rua Amador Bueno e segue na direção sudeste, paralela às ruas Bernardino de Campos e depois Quintino Bocaiúva de um lado, e a rua João Penteado do outro. Foi inaugurada em 1922 sob a denominação de Av. Independência.
O nome “Avenida Independência” foi escolhido para homenagear o Centenário da Independência do Brasil. O projeto foi idealizado pelo então Prefeito Municipal João Rodrigues Guião em 1921. No dia 07 de setembro de 1922 foi inaugurado o Obelisco comemorativo no entroncamento da então Av. Independência com a rua Tibiriçá. Posteriormente, o referido obelisco foi transferido para a confluência das atuais avenidas Nove de Julho e Independência.
Através do Ato nº 60, de 25 de julho de 1934, a Avenida passou a denominar-se Nove de Julho, nome este ratificado pelo Ato nº 75 de 05 de setembro de 1939.

O nome da avenida é uma homenagem a data de Nove de Julho de 1932, quando foi deflagrada a Revolução Constitucionalista de 1932, um movimento em prol da elaboração de uma Constituição para o Brasil.

O trecho inicial da Avenida Nove de Julho, ainda com o nome de Av. Independência, compreendia a área entre as ruas Tibiriçá e São José. No ano de 1949, durante o governo do Prefeito Municipal José de Magalhães, foram iniciados os estudos para o prolongamento da avenida Nove de Julho entre as ruas Sete de Setembro e a atual Avenida Independência.

Para a consecução das obras de prolongamento a lei municipal nº 101, de 08 de julho de 1949, declarou de utilidade pública para aquisição via desapropriação os terrenos de propriedade dos senhores Manoel Peres, Waldemar B. Pessoa, Francisco Gugliano, Adalberto Vila Real, Abel Costa, entre outros.

Ainda no ano de 1949, a avenida Nove de Julho foi calçada com paralelepípedos entre as ruas Barão do Amazonas e Cerqueira César; neste mesmo ano foram plantadas 40 árvores (Sibipirunas), o serviço de plantio foi executado pela Seção de Jardins e Horto Florestal da Prefeitura Municipal, sob a chefia do Eng. Agrônomo Geraldo Prado Garcia.


Segundo Calil Júnior (2003, p. 160), o prolongamento da Av. Nove de Julho na década de 1950 acompanha a implantação de loteamentos naquela região, e vem atender aos sistemas viários dos referidos loteamentos. Durante a década de 1960 a avenida abrigou algumas das principais mansões de propriedade da elite econômica da cidade; posteriormente em função de sua posição privilegiada (vetor sul da cidade) consolidou-se como um importante setor bancário.

 

Em 1981 existiam 04 agências de bancos internacionais e nacionais instaladas na Avenida Nove de Julho, já em 1987 existiam 12 agências, e no ano de 2000, 25 agências.

Com o passar do tempo, a 9 de julho foi vivendo um período de degradação e abandono. Os ladrilhos portugueses de seu calçamento foram arrancados e o mesmo aconteceu com o leito carroçável. O glamour foi dando lugar a um triste retrato de decadência.


Projeto de Restauração


No dia 20 de junho, começou a obra de restauração e construção de corredor de ônibus na avenida considerada cartão-postal de Ribeirão Preto, a Nove de Julho.


A obra vai recuperar totalmente os mais de 2 km de pavimento da Nove de Julho – 1 km e 60 metros de cada lado – e vai construir duas grandes galerias de águas pluviais, uma delas descendo a rua Marcondes Salgado e a outra descendo pela rua São José, ambas saindo da Nove de Julho e desembocando no córrego Retiro Saudoso, na avenida Francisco Junqueira.


Além de adequação em calçadas, instalação de guias e sarjetas e de rampas de acesso a pessoas com deficiência nos dez quarteirões da obra, o piso da Nove de Julho será totalmente readequado.
Os paralelepípedos serão retirados e recolocados depois de o subleito receber uma estrutura super reforçada:
Camada compactada de terra
Camada de brita
12 cm de concreto armado
Areia compactada
Paralelepípedos reinstalados, de forma alinhada
Com isso, as pedras que formam as duas pistas e são patrimônio público não correrão mais o risco de se desalinharem devido ao alto impacto dos veículos que circulam pela Nove de Julho, como ocorre hoje.
As pedras portuguesas que dão forma aos mosaicos do canteiro central também serão retiradas e depois reinstaladas. Já as árvores sibipirunas que contam com mais de 70 anos, ficarão intocadas. 

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