A abertura, ou não, do Novo Shopping Center durante o período de quarentena imposto pelo combate do coronavírus foi tema de discussão entre lojistas e a administração do centro comercial nesta sexta-feira (20). De um lado, os comerciantes, que querem o fechamento do estabelecimento, com o desconto respectivo dos alugueis. Do outro, a diretoria, que afirma que o fechamento é facultativo e, portanto, o aluguel dos espaços deve ser pago regularmente.
O clima chegou a esquentar e foram registrados diversos bate-bocas entre representantes dos dois lados. No meio da tarde, houve a realização de uma assembleia, na qual os comerciantes exigiram a mudança de postura da administração. Até o momento, entretanto, a determinação do fechamento facultativo foi mantida.
“O Novo Shopping comunica que manterá o horário de atendimento para atender às operações comerciais e de prestação dos serviços essenciais. As demais atividades terão funcionamento facultativo”, declarou o centro comercial, em nota.
A medida foi criticada pelos lojistas. “Está havendo um movimento dos lojistas contra o shopping. Estamos todos preocupados, Eles estão desrespeitando o que foi decretado pelo prefeito”, disse a gerente de uma loja, que preferiu não se identificar.
Exemplo
Os outros três centros comerciais da cidade já decretaram que suspenderão o funcionamento a partir de sábado (21) como medida para conter o avanço do novo coronavírus na cidade.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ribeirão Shopping e o Shopping Santa Úrsula confirmaram que somente devem voltar às atividades em 5 de abril. Já o Iguatemi declarou que, com exceção das operações consideradas essenciais, adotará o fechamento das demais lojas a partir do sábado.
Decreto
A Prefeitura de Ribeirão Preto decretou situação de emergência por 180 dias, determinando suspensão no funcionamento de estabelecimentos na cidade, para conter o Covid-19.
O anúncio foi feito no final da manhã desta quinta-feira (19) durante uma coletiva de imprensa com o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) e o secretário da Saúde, Sandro Scarpelini.
Entre as medidas anunciadas está o funcionamento dos shoppings em horários alternativos, em período menor que o normal, das 12h às 20h, de segunda a domingo. Apesar da medida, três dos quatro centros comerciais do tipo preferiram fechar completamente as portas.