Alta da demanda chinesa por café cria oportunidades para produtores paulistas

Em Xangai, Governo de SP apresentou o setor cafeeiro do estado a compradores internacionais

Brasil é maior produtor e exportador de café do mundo e maior fornecedor para o mercado chinês | Foto: Governo de SP

O aumento da demanda chinesa por café, principalmente por cafés especiais, deve gerar uma série de oportunidades de negócios para empresas e agricultores do estado de São Paulo. A avaliação é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), que participou, em Xangai, da Exposição Internacional de Importação da China (Ciie).

Representada pela InvestSP, agência de promoção de investimentos vinculada à pasta, a SDE apresentou a cadeia paulista de produção de café a dezenas de possíveis compradores do país asiático. A InvestSP conta com um escritório em Xangai que atua para abrir espaço para empresas paulistas lá fora e atrair investimento estrangeiro para São Paulo. A unidade abriga, ainda, uma representação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

País inventor do chá, a China “conheceu” o café há pouco tempo e viu o consumo disparar. Há 15 anos, eram apenas 18 mil toneladas por ano. Já em 2023, foram 300 mil, das quais 20% importadas do Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo e maior fornecedor para o mercado chinês.

“A China é um mercado consumidor gigante, com alta demanda por um produto que São Paulo cultiva com excelência. Queremos criar oportunidades de negócios entre paulistas e chineses e contribuir para o desenvolvimento do setor cafeeiro do Estado, com geração de emprego e renda no campo e na indústria”, disse o diretor do escritório da InvestSP em Xangai, Inty Mendoza.

A SDE e a InvestSP destacaram, por exemplo, o café especial da Alta Mogiana, região montanhosa do norte do Estado, na divisa com Minas Gerais, reconhecida mundialmente pela produção de cafés de qualidade. Fatores como altitude, solo fértil, clima ameno, exposição solar intensa e abundância de chuvas favorecem o cultivo de grãos nobres, cuja colheita é quase toda artesanal, até por conta do terreno íngreme.

Além do trabalho em conjunto com a CNA, o escritório da InvestSP em Xangai ainda atua em parceria com entidades como Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), para promover as exportações de São Paulo.

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