Dados atualizados pelo Painel da Violência em Ribeirão Preto indicam que, apenas nos primeiros meses de 2025, as mulheres foram vítimas em 75.6% dos sinistros ocorridos no município. Foram registrados 209 casos no período, com atualização realizada em 6 de março pela última vez.
A publicação aponta ainda que, do total de episódios, 75.12% ocorreram em residências espalhadas pela cidade. 9.09% dos crimes ocorreram em via pública, e 2.39% das agressões aconteceram em bares e afins.
A área norte da cidade apresenta maior incidência de casos, com 63 crimes registrados no período. A zona Oeste conta 54 registros, enquanto a zona Leste soma 37 crimes computados. O distrito foi ignorado em 5.74% das ocorrências.
A violência foi causada por indivíduo do sexo masculino em 49.76% dos crimes, enquanto o sexo feminino é indicado como autoria em 39.71% dos episódios. 5.74% dos casos responsabilizam ambos os gêneros, enquanto 3.83% das ocorrências ignoraram a característica. Apenas dois casos não registraram o sexo responsável pela autoria do crime.
A violência sexual foi identificada em 16.75% dos registros – destes, 14.35% dos crimes foram publicados como estupro. 12.92% dos sinistros foram consumados como violência psicológica, e 15.31% dos sinistros ocorreram por influência do consumo de álcool.
A faixa etária mais afetada pela violência em Ribeirão Preto é de 20 a 29 anos, com 49 registros. Destes, a mulher aparece como vítima em 83.67% dos episódios.
Desde 8 de março, a Delegacia de Defesa da Mulher, instalada na avenida Costábile Romano, funciona 24 horas. A ampliação do horário de serviço permite auxílio a mulheres de 15 municípios da região.
Além da ampliação do horário, a DDM contará com um prédio próprio, permitindo um atendimento multidisciplinar com psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais. “A nova sede será instalada onde hoje funciona a Polícia Metropolitana, na Rua Lafaiete, 1675, na Vila Seixas, que será transferida para uma nova área”, explicou o prefeito Ricardo Silva (PSD).



