Um médico de 35 anos foi preso em flagrante, nesta quinta-feira (3), por violência doméstica contra uma “baby sugar”, espécie de acompanhante. A agressão ocorreu na avenida João Fiúsa, zona Sul de Ribeirão Preto. O caso foi motivado por uma crise de ciúmes em um bar, após um amigo do rapaz, ter entrado por engano em um banheiro em que a vítima estava.
De acordo com relato da própria vítima à polícia, após o erro, a mulher e o médico começaram a discutir. Logo depois, pediram a conta e entraram no carro dele. A partir daí começaram as agressões, que continuaram no apartamento do homem.
A vítima afirmou que, no apartamento, para se defender, jogou um copo no rosto dele, o que resultou em ferimentos. Ela tentou ligar para a polícia, mas teve seu celular quebrado. Houve intensa gritaria, que chamou a atenção de vizinhos, que acionaram a Polícia Militar.
O médico, ao perceber que a briga chamou a atenção dos vizinhos, deixou a mulher na casa e foi até a garagem, de onde saiu em um Porsche azul, de sua propriedade.
Ao chegar ao local, a polícia encontrou a acompanhante, que contou a história às autoridades. Os policiais constataram lesões nos braços, pernas e costas da vítima, além de localizarem mechas de cabelos pelo apartamento.
Prisão
A Polícia Militar chamou uma segunda viatura para atender a ocorrência. Enquanto a acompanhante era atendida por uma guarnição, a outra foi em busca do médico. A mulher foi levada até o Plantão Policial, onde prestava depoimento.
Nesse momento, o Porsche dirigido pelo médico encostou no Plantão Policiail, e o homem desceu do carro, encaminhando-se até a área de registro da ocorrência. Ele foi abordado pelos policiais, ouvido pelo delegado de plantão e acabou preso.
À Polícia Civil, ele declarou que ficou com ciúmes ao perceber que a mulher tinha entrado no banheiro com o amigo e que imaginou que os dois fossem fazer sexo no local.
Depoimento
Em depoimento, o médico afirmou que a agredida era uma “sugar baby”, especie de acompanhante que sai com homens, geralmente mais velhos, em troca de agrados ou mesmo dinheiro. Ele afirmou que pagava à mulher R$ 1,5 mil por dia, durante o fins de semanas e feriados, para que ficassem juntos. O homem também relatou que apenas respondeu às agressões que sofreu, sendo ela a primeira a partir para as vias de fato.
A Polícia Militar também ouviu vizinhos no apartamento da avenida João Fiusa, que informaram que o médico já foi acusado de agredir outras mulheres no mesmo apartamento e que sua ex-mulher pediu a separação justamente por ter sido agredida diversas vezes por ele. O relato dos policiais militares também foi ouvido, em depoimento, pelo delegado plantonista.
Diante dos fatos, ele foi preso em flagrante e enviado ao sistema prisional até que passe por audiência de custódia. Já a vítima foi levada para o atendimento médico, após reclamar de dores nos ombros.