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Auxilio Emergencial Municipal

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Desde o início da crise desencadeada pela pandemia, a bancada da oposição no Senado e na Câmara tem atuado para apoiar os trabalhadores e as micro e pequenas empresas propondo projetos e emendas, uma das medidas acertadas que essa bancada teve êxito, foi o auxílio de R$ 600, tendo em vista que o governo havia proposto inicialmente o valor de R$ 200 como abono para o público do Cadastro Único, algo insuficiente diante das carências latentes de nosso povo, essa medida acertada vai ao encontro de superar a inoperância do governo em garantir a sobrevivência das pessoas, das empresas e dos empregos.

Mas mesmo com o esforço da bancada de oposição, o governo Federal patina para cumprir sua parte, que é garantir essa renda à população, até agora 47 milhões de pessoas aguardam receber ainda a primeira parcela do seguro-quarentena. Nesse meio tempo, temos a presidência, ministérios e bancos, que ficam em um jogo de empurra-empurra e assim chegamos ao atraso no pagamento da segunda parcela e com a terceira parcela também indefinida.

Diante desse caos, é de suma importância que o executivo municipal assuma seu papel em meio a essa crise, essa é a oportunidade de Nogueira PSDB, assumir o erro da contratação, com dispensa de licitação, do aluguel de quatro ambulâncias por R$ 1,1 milhão, sob a justificativa de evitar a sobrecarga do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do município, mesmo com ambulâncias novas no pátio desde outubro de 2019, sendo alvo de denúncia de um empresário que alega relação de amizade entre prefeito e dono da empresa ganhador da licitação e que tem imagens com Nogueira na campanha, sendo que essa mesma empresa tem entre seus sócios fundadores a ex-mulher do Secretário da Saúde. Toda essa situação está sendo alvo de inquérito do Ministério Público Federal, devido ao uso de verbas da União, e também sendo investigada por uma comissão parlamentar de inquérito da Câmara.

O valor de R$ 1,1 milhão (utilizado para pagar por quatro meses de ambulâncias que se mostram desnecessárias, por ter ambulâncias paradas no pátio) poderia ser muito bem utilizado se o governo criasse, por meio de projeto de lei, um Auxílio Emergencial Municipal para estender o pagamento pelos próximos 12 meses a essas famílias já cadastradas no auxílio federal como complemento de renda e, também, socorrer aquelas que ainda não receberam.
Falta a Nogueira um projeto para enfrentar a crise social que se avizinha.

Além do Auxílio Emergencial Municipal poderia abrir mão de alguns dos impostos cobrados de micro e pequenos empresários nesse momento em que se encontram com seus estabelecimentos fechados ou com seu ganhos comprometidos – como barbearias, salões de cabelereiros, motoristas de aplicativos, caminhoneiros, garçons, agricultores entre outros.

Poderia aproveitar que o Governador é do seu partido e solicitar linha de crédito com juros subsidiados para esses pequenos empresários durante o estado de calamidade pública.

Esses serviços, que no momento não são considerado essenciais, também poderiam ter seus custos e obrigações junto ao executivo ser dispensados.

É a partir de medidas como essas, em momentos como esse, que podemos distinguir o verdadeiro estadista do político tradicional.

Embora o Prefeito Nogueira seja de uma família cujo pai fez história na cidade, pela sua capacidade política e olhar diferenciado para as carências da cidade, parece não ter herdado essas qualidades, pois se mostra muito aquém daquilo que se espera de um prefeito com capacidade de responder à altura os desafios nossa cidade demanda em tempos difíceis.

Enquanto isso, resta a nós cidadãos evitarmos ser contaminados e nas próximas eleições termo o olhar mais apurado para escolher quem verdadeiramente poderá nos representar.