Avião da Voepass tem problema em voo e precisa voltar para aeroporto de Ribeirão Preto

De acordo com a companhia aérea, o avião, modelo ATR, apresentou uma questão técnica

O aeroporto de Ribeirão Preto está localizado na zona Norte | Foto: Arquivo

Um avião da Voepass, que decolou de Ribeirão Preto (SP) para um voo até Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, precisou retornar para o aeroporto no interior paulista, base da empresa, após apresentar um problema em voo na noite de segunda-feira (30).

O retorno do voo 2214 aconteceu após cerca de 45 minutos após a decolagem. A bordo havia 43 passageiros e quatro tripulantes.

De acordo com a companhia aérea, o avião, modelo ATR, apresentou uma questão técnica. A Voepass não especificou qual foi o problema.

“Seguindo os procedimentos de segurança, um outro avião da companhia realizou a operação e o voo decolou às 22h01, com 1h31 de atraso”, disse a empresa, em nota.

A companhia aérea passa por uma reformulação desde que suas operações viraram alvo de escrutínio da Anac por causa do acidente do avião que caiu em Vinhedo (SP), no interior de São Paulo, no dia 9 de agosto. Todas as 62 pessoas que estavam a bordo morreram.

Em outubro, a compahia demitiu diretor jurídico da empresa, Eduardo Busch, ex-CEO da empresa e braço direito do presidente José Luiz Felício Filho.

O afastamento de Busch é o mais impactante na Voepass, segundo pessoas ligadas à companhia afirmaram à Folha.

A reformulação fez três diretores caírem dos cargos em 25 de setembro.

Após o acidente de Vinhedo, a Voepass deixou de operar em Fortaleza (CE), Confins (MG), Porto Seguro (BA), Salvador (BA), Natal (RN), Mossoró (RN), São José do Rio Preto (SP), Cascavel (PR) e Rio Verde (GO).

O relatório preliminar de investigação do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Força Aérea Brasileira, mostrou que os sistemas da aeronave da Voepass emitiram alertas de possível formação de gelo nas asas diversas vezes durante o voo.

A caixa-preta que registra a voz da cabine registrou o piloto da aeronave dizendo que o sistema de degelo não funcionava da forma correta. A fala foi gravada logo no início do voo, no primeiro sinal de alerta de gelo.

O Cenipa tenta confirmar a informação com o cruzamento de outros dados da aeronave. As investigações da Aeronáutica demoram, em média, 16 meses.

Redação / Folhapress

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