O Grupo Thathi de Comunicação foi o grande vencedor da edição de 2022 do Prêmio Nicola Tornatore de jornalismo investigativo. As séries de reportagem sobre o exercício ilegal da advocacia por funcionários comissionados da prefeitura e um esquema de rachadinha no gabinete do vereador Zerbintado (PSB), foram as mais bem avaliadas pela banca do Instituto 2030, que promove o concurso. A premiação é uma iniciativa do Instituto Ribeirão 2030.
Ambas foram produzidas pelo jornalista Eduardo Schiavoni, gerente de jornalismo da empresa, e publicadas no Portal Thathi.com. A série vencedora foi a “La Casa de Marine”, que culminou na exoneração da ex-secretária de Administração de Ribeirão Preto Marine Vasconcelos.
Já as denúncias contra o parlamentar receberam a segunda maior nota. Como as regras do edital não permitem a premiação de dois conteúdos do mesmo autor, o troféu de segundo lugar ficou com o repórter Rodolfo Tiengo, que abordou déficit de recursos no Hemocentro de Ribeirão Preto, em matéria publicada pelo portal G1.
“A série sobre a advocacia teve um impacto social grande. Além da exoneração da ex-secretária, a própria corregedoria da prefeitura criou uma regra para impedir que funcionários comissionados exerçam a advocacia”, explica Schiavoni, que é gerente de jornalismo do Grupo Thathi em Ribeirão.
O diretor-executivo do grupo, Tanielson Campo, celebrou a conquista. “Vencer um prêmio como esse, oferecido por uma instituição como 2030, mostra como o Grupo Thathi está comprometido com o bom jornalismo”, completa.
Sociedade civil
Em entrevista, o empresário Maurílio Biagi Filho, um dos fundadores do Instituto 2030 e grande idealizador do prêmio, ressaltou a importância do jornalismo investigativo para a sociedade. “O jornalismo investigativo é muito importante. O Brasil viveu momentos extraordinários com a Operação Lava Jato, aqui em Ribeirão Preto, com a operação Sevandija. É muito importante para a democracia, para o país, para a sociedade que isso venha a tona”, afirmou Biagi.
A banca avaliadora foi composta pelos jornalistas Cristiano Pavini, José Manuel Lourenço e Adriana Silva. Ao todo, sete trabalhos concorreram na edição de 2022.
Saiba mais na reportagem abaixo:
O Prêmio
O Prêmio Nicola Tornatore segue o 16º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem metas de “reduzir substancialmente a corrupção e o suborno”, “desenvolver instituições eficazes, responsáveis e transparentes”, “garantir a tomada de decisão responsiva, inclusiva, participativa e representativa” e “assegurar o acesso público à informação”.