Bebê morre após se afogar em piscina em Monte Alto

Menino chegou a ser levado ao hospital, mas morreu no trajeto

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Imagem ilustrativa - foto: Arquivo Thathi

Um bebê de 1 ano e 3 meses morreu afogado em uma piscina nos fundos de uma casa em Morro Agudo na noite da última segunda-feira (14). A família participava de uma confraternização no local.

Segundo relato do pai do menor, o menino estava no local e a família, em determinado momento, deu falta da criança. Ao procura-lo, encontraram no fundo da piscina, que é cercada por grades, segundo o relato do genitor.

Os familiares chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que chegou ao local e chegou a realizar manobras de ressuscitação na criança. O menino chegou a ser levado ao hospital, mas morreu no trajeto.

O caso foi registrado como morte suspeita e será investigfado. A Polícia Civil solicitou exames periciais ao Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal (IML). A Polícia Civil de São Joaquim da Barra, que responde por Morro Agudo, investiga o caso.

Não é um fato isolado

A cada três dias, uma criança morre afogada em casa, no Brasil. O dado alarmante é da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) e busca chamar a atenção de pais e cuidadores para que as crianças não fiquem na água sem supervisão.

“O melhor item de segurança é ter os pais ou responsáveis supervisionando a criança à distância de um braço em 100% do tempo. Essa é a melhor medida de todas”, enfatiza David Szpilman, secretário-geral da entidade.

Outro dado chocante é da ONG Criança Segura, que aponta que os afogamentos são a principal causa de morte de crianças de 1 a 4 anos e ocorrem de maneira rápida e silenciosa. “Em apenas dois minutos submersa, a criança perde a consciência. Após quatro minutos, danos irreversíveis ao cérebro podem ocorrer”, alerta as medidas preventivas da ONG.

Dicas de prevenção

Geral
• Nunca deixe crianças sozinhas quando estiverem dentro ou próximas da água, nem por um segundo. Nessas situações, garanta que um adulto estará as supervisionando de forma ativa e constante o tempo todo;
• Ensine as crianças que nadar sozinhas, sem ninguém por perto, é perigoso;
• O colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamentos. Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança, mas podem estourar ou virar a qualquer momento;
• Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número do atendimento de emergência sempre visível (SAMU: 192; Corpo de Bombeiros: 193);
• Muitos casos de afogamentos acontecem com pessoas que acham que sabem nadar. Não superestime a habilidade de crianças e adolescentes;
• Crianças devem aprender a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também;
• Fique atento! Crianças pequenas podem se afogar em qualquer recipiente com mais de 2,5 cm de água ou outros líquidos, seja uma banheira, pia, vaso sanitário, balde, piscina, praia ou rio;
• Ensine as crianças a não correr, empurrar, pular em outras crianças ou simular que estão se afogando quando estiverem na piscina, lago, rio ou mar.
Piscina
• Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m de altura e portões com cadeados ou trava de segurança. Atenção! Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes;
• Evite deixar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e reservatórios de água.
Águas naturais
• Tenha certeza que as crianças estão nadando em áreas seguras de rios, lagos, praias e represas;
• Ensine as crianças a respeitarem as placas de proibição nas praias, os guarda-vidas e a verificarem as condições das águas abertas.
Ambiente doméstico
• Depois do uso, mantenha vazios, virados para baixo e fora do alcance das crianças baldes, bacias, banheiras e piscinas infantis;
• Deixe a porta do banheiro e da lavanderia fechada ou trancada por fora e mantenha a tampa do vaso sanitário baixada (se possível, lacrada com um dispositivo de segurança);
• Mantenha cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos sempre trancados