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Boa Notícia: ciência brasileira cria tratamento capaz de reverter paralisia

O polilaminina, desenvolvido pela UFRJ, apresenta resultados promissores e aguarda aprovação da Anvisa

O polilaminina, desenvolvido pela UFRJ, apresenta resultados promissores e aguarda aprovação da Anvisa

Um medicamento desenvolvido pelo laboratório Cristália em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) se mostrou capaz de restaurar movimentos em pacientes que sofreram lesão medular e apresentam algum grau de paralisia. Em estudos experimentais, cerca de dez pacientes conseguiram recuperar os movimentos com o uso da polilaminina, uma molécula sintetizada a partir de uma proteína extraída da placenta.

No interior da coluna vertebral há um canal por onde passa a medula espinhal, parte do sistema nervoso central responsável por transmitir os comandos do cérebro ao restante do corpo. Quando ocorre uma lesão, essa comunicação é interrompida e, com ela, a capacidade de movimento. O novo medicamento atua justamente nesse ponto: ele estimula a regeneração das células da medula, devolvendo a mobilidade parcial e, em alguns casos, total, após a lesão.

“É uma alternativa mais acessível e segura do que as células-tronco. Nossos estudos estão em estágio mais avançado, pois as células-tronco apresentam imprevisibilidade após a aplicação”, afirma Tatiana Coelho Sampaio, bióloga do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ e líder da pesquisa.

A laminina, molécula primitiva da qual a polilaminina foi desenvolvida, vem sendo estudada há 25 anos pela pesquisadora. Ela possui grande capacidade de regeneração e neuroproteção ao estimular o surgimento de novas células. “Com ela, conseguimos um efeito duplo: neuroproteção, ao conter o dano, e regeneração, ao estimular novas células. Antes da aplicação, havia menos neurônios; depois, eles proliferaram”, explica Tatiana.

Questionados sobre possíveis efeitos colaterais, os pesquisadores afirmam que esse foi um dos motivos pelos quais levaram sete anos para divulgar os resultados. A ideia era acompanhar eventuais efeitos adversos de longo prazo, algo que, até agora, não ocorreu, pelo menos relacionados ao medicamento.

A descoberta ganhou destaque nacional, e o próximo passo é a autorização da Anvisa para avançar em estudos clínicos em maior escala, consolidando uma trajetória que une ciência de excelência e impacto direto na qualidade de vida das pessoas. Uma conquista da Universidade pública brasileira, muitas vezes subjugada e alvo de tentativas de deslegitimação, que ainda encontra caminhos para ser referência mundial.

Viva a ciência!

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