De um lado, temos investidores que buscam projetos com o carimbo de sustentabilidade e, do outro, o emissor, que são produtores, empresas de vários segmentos e que possuem esses projetos para serem financiados. São os Títulos Verdes, também chamados de Green Bonds, que movimentaram US$ 1,2 bilhão em 2019 no Brasil e tem o compromisso de cuidar do meio ambiente.
O número é quase seis vezes mais que o registrado no ano anterior – US$ 209 milhões, de acordo a pesquisa do Climate Bonds Initiative (CBI). Os Títulos Verdes estão entre as ações acordadas na 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a mudança de clima. O encontro foi em dezembro de 2015 e de lá para cá, esse mercado começou a ser movimentado.
Por isso, projetos que são mais sustentáveis do que os tradicionais podem virar, sim, títulos que são estruturados e emitidos para negociação na Bolsa de Valores e, assim, buscar investimentos de fora para o Brasil.
O período da pandemia interferiu um pouco neste mercado, já que governos ao redor do mundo reduziram as atividades dos países em esforços para preservação de vidas, porém, os Títulos Verdes são para financiamentos de projetos de longo prazo e é uma alternativa de renda fixa, de menor risco para os investidores.
Já temos investimentos neste mercado e o Brasil tem incentivos do Governo Federal, por meio de planos de emissão de Títulos Verdes pelo Ministério da Agricultura, para que os produtores rurais se encorajem para fazer os projetos sustentáveis e transformem isso em papéis para o mercado financeiro.
No mês de junho, o Ministério da Agricultura junto com o Climate Bonds Initiative (CBI) lançaram o Plano de Investimento para a Agricultura Sustentável, que reforça as oportunidades de investimentos estrangeiros no Brasil e os procedimentos para o financiamento da agricultura sustentável.