A Câmara Municipal realizará, no dia 02 de outubro, uma audiência pública que visa discutir sobre a situação das queimadas no município e suas consequências.
O evento é aberto ao público, e quem não puder assistir presencialmente poderá acompanhar através das transmissões pelas plataformas digitais (Facebook e YouTube) da Câmara.
Recorde histórico
Ainda a três meses do fim, São Paulo registrou mais incêndios que toda a série histórica de monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), iniciada em 1998.
De 1º de janeiro a 22 de setembro deste ano, foram registradas 7.296 queimadas, superando os 7.291 focos de 2010.
O mês de agosto teve a situação mais crítica do ano, com 3.612 incêndios. O número é maior que a soma de todo 2023 e 2022, quando contabilizaram 1.666 e 1.599 focos, respectivamente.
O ápice ocorreu entre os dias 22 e 24 de agosto, quando surgiram 2.621 focos, sendo 1.886 apenas no dia 23. Foi justamente naquela sexta-feira que a região metropolitana de São Paulo foi coberta de fuligem no meio da tarde, e o sol virou um círculo vermelho no céu.
De acordo com o levantamento do Inpe, dos 645 municípios paulistas, 405 tiveram pelo menos um foco de incêndio neste último mês. E Altinópolis, a 346 km da capital, foi o recordista absoluto, com 125, uma média de quatro por dia.
Depois dele, ficaram São Carlos (93), Pitangueiras (91) e Andradina e Olímpia, ambas com 70. Ao todo, 14 tiveram mais de 50 focos no período. E em 41 localidades houve mais de 31 ocorrências, ou pelo menos uma por dia. A capital paulista, assim como Guarulhos, tiveram três focos cada uma.
Nesta segunda-feira (23), apenas o município de Cajuru, na região de Ribeirão Preto, sofria com incêndios. No dia seguinte, entretanto, o número voltou a subir, com três focos.
A Defesa Civil do Estado, por meio do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), alerta para risco de incêndio entre segunda-feira, 23 e quinta-feira, 26, em todo estado de São Paulo, exceto o litoral paulista.