Desde o dia 23 de abril, devido a paralisação dos esportes, a Cava do Bosque, ginasio poliesportivo localizado na zona Norte da cidade, virou um abrigo improvisado da prefeitura de Ribeirão Preto para abrigar moradores de rua durante a pandemia do coronavírus.
O centro de apoio temporário oferece café da manhã, almoço e jantar, além de um dormitório com capacidade de 60 pessoas e um espaço para higiene pessoal. De acordo com informações, todos os alojados recebem máscaras e roupas limpas.
Realidade
Califórnia, um dos líderes do abrigo, reclama da falta de organização da prefeitura em relação aos mantimentos básicos. “10 cobertas que iam vim da prefeitura, apareceram só duas. Eles não deram um café, um almoço, uma janta, os usuários do programa que trouxeram água pra gente, não foi os funcionários”, reclama. Os moradores sofrem com o frio devido a falta de cobertores. Na madrugada de hoje (8), a mínima foi de 11°C. Segundo Califórnia.
“Eles fazem vaquinha pra comprar farinha, pra comprar açúcar” afirma Califórnia, se referindo aos moradores de rua abrigados pelo programa.
Outros pontos de apoio temporário foram prometidos, mas até o momento, somente a Cava do Bosque cumpre esta função.
Outro lado
Em nota, a Secretaria Municipal da Assistência Social informa que a capacidade máxima de atendimento na Cava do Bosque é de 60 pessoas em situação de rua. Este número foi estipulado para garantir que não haja aglomeração.
O Instituto Limite, que realiza o atendimento às pessoas em situação de rua, fornece cobertores àqueles que aguardam por uma vaga no local. A Secretaria reforça que estuda a possibilidade de ampliar o atendimento no local, diz trecho da declaração.
Em relação à alimentação, o restaurante Bom Prato oferece, desde março, oferece café da manhã, almoço e jantar inclusive aos finais de semana. As refeições custam de R$ 0,50 (café da manhã) a R$ 1 (almoço e jantar). São servidos diariamente 300 cafés da manhã, 1.750 almoços e até 300 jantares, tudo em marmitex, encerra a nota.
