A Polícia Civil de Barrinha apura a denúncia, feita por um munícipe, de que alimento estragado que estava em cestas básicas distribuídas pela prefeitura estaria sendo descartado irregularmente em um terreno da prefeitura da cidade. A prefeitura confirma que os alimentos estavam estragados e seriam descartados, mas afirma que irá apurar o motivo de ele ter sido feito em local irregular.
A denúncia foi registrada depois de um grupo de munícipes percebeu a movimentação de veículos oficiais. Eles foram até o local e encontraram uma série de pacotes com carne de porco e linguiça. Os alimentos estavam com prazo de validade em dia.
A perícia foi chamada ao terreno da prefeitura e agora irá analisar as provas colhidas.
De acordo com Elvis Ruas, um dos munícipes que estiveram no local, a intenção é saber o motivo de as linguiças terem sido descartadas no terreno, já que o lixo da cidade é enviado ao aterro sanitário de Guatapará.
“Não temos as informações, mas é preciso entender as causas de o material ter sido descartado irregularmente nesse local, e também de onde esses pacotes de comida vieram”, conta.
Cestas
Procurada, a prefeitura de Barrinha informou que as cestas foram enviadas à cidade pelo governo do Estado e que, embora os alimentos estivessem dentro da validade, foi constatado, pela Vigilãncia Sanitária, que as linguiças estavam estragadas.
Conforme as cestas eram distribuídas, os alimentos foram sendo retirados e seriam descartados pela prefeitura. O município, entretanto, informou que o descarte foi feito de forma irregular e que irá apurar, em sindicância, quem foi o responsável pela ação.
A Polícia Civil da cidade investiga o caso.
Mais um caso
Não é o primeiro caso de alimentos vindos do governo do Estado que apresentaram problemas. Em julho, a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, através do CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), foi acusada de distribuir alimentos vencidos nas cestas básicas entregues para famílias carentes durante o período de pandemia. A prefeitura admitiu o problema e afirmou, na ocasião, que iria fazer a troca dos alimentos.
O problema em Ribeirão, entretanto, não foi a qualidade dos alimentos, mas sim a distribuição fora do prazo. Em ambos os casos, as cestas eram do governo estadual, cabendo às prefeituras apenas as sua distribuição