Em sessão realizada nesta quinta-feira (29), na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, o Coletivo Popular Judeti Zilli (PT) sugeriu a criação de uma CPI para investigar os repasses da Secretaria da Educação para as APMs.
Sem licitação, uma microempresa localizada em um condomínio residencial de Ribeirão Preto recebeu R$ 836 mil de APMs (Associação de Pais e Mestres) em 2021. Ela foi contratada por 50 das 108 entidades vinculadas a escolas municipais e paga com dinheiro público, repassado pela prefeitura.
A Secretaria de Educação injetou R$ 14 milhões nas APMs em 2021, em uma manobra atípica feita às pressas. O valor, em um único ano, foi superior à somatória de todos os repasses feitos entre 2020 e 2017.
Para entender o caso:
A servidora Roberta Leonardo foi exonerada na sexta-feira (23out) do cargo de chefia da Divisão de Atribuição de Aulas da Secretaria de Educação de Ribeirão Preto. A demissão ocorre 45 dias após o Portal Farolete revelar que ela controlava uma microempresa que recebeu R$ 836 mil de recursos públicos em 2021. O montante foi repassado sem licitação, por meio das APMs (Associação de Pais e Mestres).
Na série de reportagens desnudou-se que as APMs receberam R$ 14 milhões no ano passado, maior do que o volume repassado na somatória dos quatro anos anteriores. Embora essenciais para a comunidade escolar, elas têm fragilidades em transparência, planejamento e fiscalização.
A reportagem completa do Portal da Thathi e do Portal Farolete, está no link: (https://thathi.com.br/politica/escandalo-das-apms-derruba-assessora-da-educacao/)