Ribeirão Preto já registra, até o momento, mais mortes causadas por covid-19 do que Austrália (106), Nova Zelândia (22), Uruguai (28) e Paraguai (20), que totalizam, juntos, 176 casos. Ribeirão tem, segundo dados desta segunda-feira (6), 186 casos confirmados. O levantamento, divulgado pelo deputado estadual Rafael Silva (PSB).
Para combater o quadro da pandemia na cidade, a Prefeitura de Ribeirão Preto anunciou que irá fechar o cerco contra o descumprimento da quarentena na cidade. Segundo a administração, só neste fim de semana o poder público recebeu 234 denúncias de descumprimento, que resultaram em 29 locais fiscalizados. A Fiscalização Geral vistoriou 57 estabelecimentos, notificando sete deles por estarem funcionando irregularmente.
Segundo a prefeitura, desde o dia 15 de junho, quando Ribeirão Preto voltou para o nível 1 (alerta máximo – faixa vermelha) do Plano São Paulo de retomada das atividades econômicas, a prefeitura já realizou 1.397 orientações, 663 estabelecimentos vistoriados, sendo 94 notificados.
Ao todo, o trabalho em conjunto da Fiscalização Geral e da CGM já realizou mais de 6,5 mil orientações à população, com cerca de quatro mil estabelecimentos vistoriados, desde o dia 23 de março, de além de 160 notificações, 13 locais lacrados e cinco multados pelo Ministério Público, além de 50 eventos que deixaram de ser realizados em Ribeirão Preto.
Denúncias, esclarecimento de dúvidas e orientações podem ser realizadas pelo SAM (Serviço de Atendimento ao Munícipe), no telefone 156, ou diretamente para a GCM, pelo telefone 153.
Cobrança
O deputado Rafael Silva também enviou, nesta segunda-feira, ofícios ao governador do Estado de São Paulo, João Doria, ao secretário de Saúde, José Henrique Germann, e ao secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, alertando para um possível colapso na rede de saúde de Ribeirão Preto. Segundo o deputado, a situação é inaceitável e aproxima a cidade de uma situação caótica.
“Não dá pra aceitar o que está acontecendo. Parece que o município está sem comando. Faz uma semana que estamos com taxa de ocupação de leitos em mais de 90%. Chegamos a registrar 98%. Dos 28 respiradores que vieram para o Hospital das Clínicas, apenas dois foram instalados na sexta-feira, dia 03. Temos equipamentos, mas faltam recursos financeiros para contratação de profissionais. A direção dos hospitais luta, mas como fazer sem recursos?”, questiona Rafael Silva.