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Como Corinthians transformou polêmica de camisa 10 em sucesso de marketing

Em duas semanas, o marketing e a comunicação do Corinthians desenvolveram duas campanhas: "A Garro La Ocho" e "Peita 10"

Foto: Reprodução rede social

O Corinthians transformou a polêmica troca da camisa 10 entre Memphis Depay e Rodrigo Garro em um case de sucesso.

Polêmica X Marketing

A princípio, o meia argentino ficou incomodado por “perder” a numeração para Memphis. Garro vestiu a 10 durante toda a temporada passada e foi eleito craque do Brasileirão com ela. Porém, foi obrigado a cedê-la a Depay -que tem uma cláusula em contrato prevendo o número a partir deste ano.

Diante da polêmica, o departamento de marketing foi acionado para tentar amenizar a situação. O desafio do setor era recriar a narrativa para torná-la mais leve e dar fim ao mal-estar gerado.

Em duas semanas, o marketing e a comunicação do Corinthians desenvolveram duas campanhas: “A Garro La Ocho” e “Peita 10”. A ideia do departamento era dar protagonismo a cada um dos atletas.

“Para a gente foi um grande desafio. Acredito que a primeira coisa que convergiu para que tudo desse certo, por mais difícil que tenha sido, foi a abertura que o departamento de futebol nos deu. O Fabinho [Soldado] é um cara que tem aproximado muito a gente do futebol”, disse Vinicius Manfredi, superintendente de marketing, ao UOL.

Ambos os jogadores participaram de todo o processo de criação, dando suas opiniões, aprovando a estética e colaborando nos roteiros. Em cada uma das ações, o clube procurou contar a história deles sob suas próprias perspectivas.

A agenda foi completamente diferente, até para não parecer que era a mesma coisa. Obviamente que algumas das execuções a gente repete, como o mosaico, que é legal repetir, mas a narrativa é totalmente diferente.

Primeiro, Garro recebeu a camisa 8 do Corinthians e, só depois, Memphis estreou a 10. A escolha das datas separadas, inclusive em rodadas diferentes do Paulistão, também foi uma estratégia para que um não “roubasse” a cena do outro.

A gente quis construir narrativas completamente diferentes, porque, primeiro que na “A Garro La Ocho”, a ideia foi resgatar muito da história do clube, que também é uma coisa que se cobra muito, que o clube tem que valorizar o passado… Então, a gente teve a chance de retomar nomes importantes na história. A participação do Gustavo, filho do Sócrates, também foi super decisiva na narração dessa história.

“Já o Memphis, quando chega no Brasil, se conecta rapidamente com tudo isso. Era também natural e orgânico fazer uma coisa nesse sentido, de mostrar ele trafegando entre o clube, mas também no lugar mais da quebrada… E uma criança já projetando sonhos nele”, disse Vinicius Manfredi.

Produções de qualidade

A qualidade das peças publicitárias foi um dos pontos que chamou a atenção das redes sociais. O alto engajamento nas publicações e os elogios dos torcedores também ajudaram a colocar de vez uma pedra sobre a polêmica.

“Era uma situação muito desafiadora, mas a gente queria fazer um negócio realmente f**a… Acho que a gente conseguiu. Esse trabalho foi totalmente feito dentro de casa, com a nossa equipe de comunicação. Assim, a gente entendeu que foi uma produção hollywoodiana. Nunca vimos alguma coisa nessa qualidade”, disse Vinicius Manfredi.

LIVIA CAMILLO / Folhapress

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