Uma confusão em um bar de Sertãozinho terminou com um vereador imobilizado na madrugada desta terça-feira (17). Um policial alega que ele teria se recusado a passar por revista e os militares tiveram que imobilizá-lo com um mata-leão. Já o vereador alega que houve abuso de autoridade de um dos policiais, que teria dado um soco em seu lábio. A Polícia Civil investigará ambas as situações.
Segundo relato dos policiais que atenderam à ocorrência, por volta das 1h eles se dirigiram ao bar Elite Pub e Music para atender uma ocorrência. Lá, determinaram que os frequentadores saíssem do bar e passassem por revista do lado de fora.
Um dos clientes, o professor Fábio José da Silva, também vereador na cidade e vice-presidente da Câmara, se negou a sair. Depois, acabou saindo, mas, do lado de fora, disse que não passaria por revista, desrespeitando a ordem de colocar a mão na cabeça e encostar na parede.
Os policiais partiram então para a imobilização, empregando um golpe conhecido por chave cervical, momento no qual foram xingados. Um dos policiais levou uma mordida na mão. O homem foi algemado e levado para a delegacia da cidade, onde o caso foi registrado.
Versão
De acordo com o depoimento do vereador à Polícia Civil, ele alegou que chegou ao bar na companhia de um amigo e que obedeceu as ordens dadas pelos policiais. Quando foi se identificar como vice-presidente da Câmara, levou um soco pelas costas, desferido por um dos policiais, que teria acertado o lábio dele.
Depois, acabou imobilizado, algemado e colocado na viatura da PM. Ele alegou também que um dos policiais passou a rir da situação.
Além do professor e dos policiais, duas testemunhas foram ouvidas. As versões serão investigadas pela Polícia Civil. A reportagem procurou o vereador, em seu gabinete, mas ninguém atendeu às ligações. Também foram enviadas mensagens para seu perfil no Facebook, sem resposta.
O vereador informou, ainda, que quer investigação sobre a conduta do policial. “Foi comigo, poderia ser com qualquer outro cidadão. Esse não é o padrão da polícia em Sertãozinho e essa atitude não pode ser aceita. A abordagem foi um absurdo”,