Conselheiros do Sassom apontam ‘passa moleque’ e se recusam a assinar ata de reunião

Integrantes do Conselho Deliberativo negam que resolução editada pela superintendente tenha sido aprovada

Representantes de associações ligadas a servidores públicos municipais se recusam a assinar a ata de uma reunião do Conselho Deliberativo do Sassom (Serviço de Assistência à Saúde dos Municipiários) de Ribeirão Preto. Nela, segundo a superintendente do órgão, Tássia Rezende, teria sido aprovada uma resolução que limita a emissão de guias para uma série de atendimentos. Os conselheiros negam ter dado aval para a medida.

A reunião em questão foi realizada de forma extraordinária e aconteceu no dia 29 de setembro. No encontro seguinte, realizado em outubro, a ata foi reprovada em votação dos conselheiros.

Mesmo com o impasse no Conselho Deliberativo, a resolução foi publicada no Diário Oficial do município no dia 7 de novembro com a informação de foi aprovada.

“Do jeito que foi publicada, não. Não foi aprovada essa resolução. Nós discutimos algumas restrições durante a reunião, mas não foi colocada em votação essa medida. Tanto que a ata foi reprovada na reunião seguinte”, aponta a servidora pública Cláudia de Almeida Torres de Andrade, que ocupa a cadeira de representante do Sindicato dos Servidores Municipais no conselho.

Outros dois conselheiros, ouvidos sob a condição de anonimato pelo Grupo Thathi, confirmaram o “passa moleque” aplicado pela superintendente. “A princípio, o que estávamos debatendo era o projeto de lei que estava na Câmara”, disse um deles.
Uma integrante do conselho só soube que a discussão havia se tornado uma resolução quando recebeu uma mensagem pelo WhatsApp. “Recebemos a resolução completa no grupo de WhatsApp do Sassom. Acho que foi no mesmo dia que encaminharam para o diário oficial”, completa.

Em nota, a assessoria de imprensa do governo municipal negou as divergências entre o que foi discutido na reunião e o que foi colocado em ata. “A ata não foi assinada porque foram solicitadas correções nas falas de alguns conselheiros apenas com relação ao projeto de lei do SASSOM. Não há nenhuma manifestação de qualquer dos membros do Conselho sobre a questão abordada na Resolução 07/2022”, diz o texto encaminhado ao Grupo Thathi.

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