A Corregedoria da Prefeitura de Ribeirão Preto abriu um procedimento de investigação para apurar o acumulo de funçoes do secretário-adjunto da Secretaria do Meio Ambiente, João Paulo Leonardo de Oliveira, que, Segundo matéria exclusiva divulgada pelo Grupo Thathi, acumula jornada de 68 horas em trabalhos fora da prefeitura.
A informação foi confirmada por Renato Bin, que responde pela Corregedoria. “Já solicitamos, por ofício, informações da prefeitura e da Secretaria, e iremos aguardar as informações para determinar os próximos passos”, disse.
De acordo com a matéria, Oliveira acumula, desde 7 de junho de 2021, o cargo de secretário-ajunto, pelo qual recebe R$ 11,3 mil, com o de professor universitário e vice coordenador de curso na Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), em Frutal, com carga horária de 40 horas semanais. Além disso, é coordenador de cursos de pós-graduação em Bebedouro, com vínculo pela CLT de oito horas semanais e professor de dois programas de mestrado na UEMG, cada um com carga semanal de quatro horas. E tempo, ainda, para trabalhar, por 12 horas, no próprio negócio.
Com isso, de acordo com fontes da secretaria ouvidas pela reportagem, o sercretário-adjunto não comparece às quintas e sextas-feiras no expediente da Secretaria.
Outro lado
Em um primeiro momento, a administração afirmou que é possível a acumulação dos cargos por Oliveira, mas, quando questionada sobre a disponibilidade do mesmo para com as necessidades da Secretaria, de acordo com sua carga horária, principalmente às quintas e sextas feiras, não houve resposta.
A prática é considerada improbidade administrative para especialistas ouvidos pela reportagem. “Improbidade clara. A atuação como secretário até pode ser cumulada com cargos de educação. Mas com essa carga horária aparente, ele está prevaricando em algum (ou todos) os cargos”, avalia.