A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a chamada Farra das Ambulâncias ouve, nesta quarta-feira (10), o servidor Euler da Silva Lessa, lotado na Secretaria da Saúde. A oitiva ocorre às 10h na Câmara Municipal.
A CPI apura a dispensa de licitação na locação de ambulâncias, por R$ 1,1 milhão. A contratada foi a empresa SOS Assistência Médica. A suspeita é que o processo tenha sido direcionado para a vencedora.
As denúncias de eventuais irregularidades também estão sendo investigadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal.
“Acreditamos que as oitivas estão cumprindo o objetivo de esclarecer o caso e o Legislativo segue cumprindo sua missão de fiscalizar”, ressaltou o vereador Orlando Pesoti (PDT), que preside a comissão.
Até o momento, foram ouvidas dez pessoas, em quatro sessões de oitiva do Legislativo.
O caso
A informação, divulgada com exclusividade no programa Interação foi repassada à Polícia Federal pelo empresário José Renato Cabrera, que denunciou um suposto esquema de direcionamento na dispensa de licitação e foi ouvido pela PF. “Eles trocaram e-mails durante o fim de semana, a funcionária conversou com o dono da empresa vencedora por Whatsapp”, disse empresário, que apresentou provas da comunicação.
Ainda segundo Cabrera, o processo foi direcionado para beneficiar a empresa SOS Assistência Médica, cujo proprietário possui relações pessoais com Duarte Nogueira. “Eles são irmãos de maçonaria. Essa licitação foi acertada dentro da maçonaria, e muita coisa errada aconteceu nesse processo”, disse.
A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o caso chegou a descobrir, inclusive, que a SOS Assistência Médica não tinha, entre seus negócios, de acordo com o registro federal, a locação de ambulâncias, o que poderia indicar mais uma irregularidade no processo.