O secretário da Cultura e Turismo, Pedro Leão, recebeu em seu gabinete o artista Miguel Angelo, que doou para a Secretaria uma obra intitulada de “365 dias depois”. A obra reflete o isolamento da população em 2020, durante a pandemia da Covid-19, através de formas geométricas fechadas, cria a ideia de “cada um no seu quadrado” e o vazio que ficou dentro de cada um.
As imagens da obra, criada em acrílico sobre tela no tamanho de 2,9 metros por 1,5 metros, não têm formas referenciais da realidade, nem mesmo nenhuma figuração explicita. Encontram-se quadrados, círculos, triângulos, polígonos irregulares, além de outas formas orgânicas que são indefinidas.
“Na execução, segui minha percepção de harmonia e contraste, através de sentimentos de imagens que sugerem ao espirito, meu estado do momento, ora sereno, nostálgico ou agitado. Sendo, na verdade, sempre uma fuga da realidade para imprimir em uma tela, meu momento interior, conversando comigo mesmo, dando satisfações do meu viver para mim mesmo, transcrevendo abstratamente na tela”, explicou Miguel Angelo.
É um trabalho abstrato que não quer contar nada ou mostrar nenhum objeto real, mas revelar sentidos diferentes. Com histórias do interior de cada um, criar pontes de percepção com a existência. A obra não traz nenhum acontecimento, mas faz acontecer aos olhos que encaminham ao coração, criando sentido, sentimento e existência.