Depois de quatro meses de tratamento, cachorrinho vítima de maus-tratos está recuperado

Garoto está a espera de um novo lar, interessados devem se dirigir à CBEA

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Foto: Fernando Gonzaga

Em dezembro do ano passado, um cachorrinho assustado, com partes do corpo queimadas, começou a receber cuidados da equipe veterinária da Coordenadoria de Bem-estar Animal.

“O estado dele era grave. Estava com muita dor e muito medo. Mesmo nessas condições, sabíamos que com o tratamento correto ele se recuperaria”, relembra a coordenadora da CBEA e médica veterinária, Carolina Vilela. 

E agora depois de quase quatro meses de tratamento, o cachorrinho se recuperou. Além de um nome, Garoto, e de muito carinho, o filhote ganhou a chance de ter uma nova família. 

Segundo Carolina, algumas pessoas já se interessaram em adotar o cachorrinho, mas ele ainda aguarda um lar. “Mesmo com todo sofrimento, ele é muito carinhoso, brincalhão e dócil. Agora, está aguardando uma nova família”, fala a coordenadora.

O tratamento 
De acordo com a coordenadora da CBEA, o tratamento contou com a aplicação de antibióticos e anti-inflamatórios na pele para aplacar a dor e melhorar as queimaduras. 

“Além dos remédios, o carinho que nós demos a ele, como damos a todos os animaizinhos aqui da CBEA, foi muito importante para a sua recuperação”, comenta a médica veterinária.

Garoto tem entre sete e oito meses de idade, é de porte pequeno, está castrado, vermifugado e microchipado. Os interessados em adotar o cachorrinho devem se dirigir à CBEA, na avenida Eduardo Andrea Matarazzo, nº 4255, no antigo Centro de Zoonoses.

Maus tratos: crime
Quem pratica mal a algum animal responde criminalmente, de acordo com a lei federal 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

Encontrado por moradores embaixo de um carro, na rua Javari, o cachorrinho Garoto foi mais uma vítima da crueldade contra animais. Estava dentro de uma sacola com dois sacos amarrados na cabeça, o que dificultava a respiração, e com as patas presas.

Segundo Carolina Vilela, não foi possível fazer o boletim de ocorrência porque não havia suspeitos. Para facilitar a identificação dos responsáveis pelos animais adotados na CBEA, a coordenadoria microchipa todos os cães e gatos que atende. 

“Caso encontremos algum animal vítima de abandono ou de maus tratos, com o microchip conseguimos identificar quem são os responsáveis”, explica a coordenadora da CBEA.