O secretário de Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, considera que a estrutura de educação híbrida, com aulas presenciais e online, em todos os níveis de ensino é irreversível e eficiente. A avaliação foi apresentada durante o debate do Live Lide Ribeirão Preto, realizado na terça-feira (21), com o tema “Plano São Paulo para retomada das aulas presenciais e impacto na cadeia produtiva”, transmitido pela plataforma da instituição.
“As crises trazem uma aceleração para as transformações e a educação terá uma nova estrutura. O ensino híbrido é um caminho sem volta e não podemos abrir mão da tecnologia, teremos uma nova rotina de educação dividida entre presencial e digital. Os jovens precisam ter contato com as novas tecnologias e conhecer pelo menos os conceitos básicos desse novo universo”, afirma Rossieli Soares. O secretário reforçou ainda que a retomada presencial é essencial e não deve ser substituída.
De acordo com o secretário, a proposta é promover uma atualização na estrutura de ensino por meio da nova realidade visando complementar as grades da educação.
“Não vamos substituir os professores, mas precisamos utilizar as ferramentas tecnológicas para complementar. Será necessário ver o que é essencial nas escolas e unidades de ensino. O governo está estudando a possibilidade de firmar parcerias com a iniciativa privada, mas ainda não temos nada de concreto”, diz Soares.
Plano
De acordo com a primeira etapa do Plano São Paulo, o retorno inicial ocorrerá com até 35% da capacidade da unidade escolar, quando 80% da população da região estiver na fase amarela por 28 dias consecutivos. A data estimada é o dia 08 de setembro. Para alcançar até 70% da presença dos estudantes, 60% da população da região precisará se enquadrar na fase verde por pelo menos 14 dias consecutivos.
A retomada total só será possível quando pelo menos 80% da população estiver na fase verde por pelo menos 14 dias consecutivos. As escolas e universidades terão autonomia para decidir sobre a implantação da porcentagem de presença de estudantes.
“Cada fase também deve considerar a realidade da região e da escola. A educação com as crianças menores necessita de um atendimento presencial de forma mais intensa, o que exige uma nova realidade. Dentro dos 35% da capacidade, cada escola vai definir a sua estratégia considerando a sua necessidade, que pode, por exemplo, priorizar as crianças nessa faixa etária. Já os professores terão parte das atividades presencias e parte remota”, orienta o secretário de Educação.
O plano prevê ainda que atividades práticas e laboratoriais do ensino superior e profissional poderão ser realizadas na fase 3 (amarela), desde que a região se mantenha nesta classificação por um ciclo completo, ou seja, 14 dias.
Protocolos
O secretário de Educação do Estado de São Paulo ressaltou também a importância de ocorrer um processo de acolhimento e apoio psicológico no período de retomada das atividades presenciais.
“A proposta é planejar o retorno para 2021 e 2022 e precisamos entender como será a retomada da educação, já que é um setor essencial para o desenvolvimento da sociedade e para auxiliar os pais em relação aos cuidados dos filhos. É importante saber acolher as pessoas. É preciso ter um acompanhamento psicológico, já que cada aluno está passando por uma situação diferente, o acolhimento é muito importante para afetar de forma positiva”, diz Soares.