Expectativa de vida alcança maior patamar da história no Estado de São Paulo

Fundação Seade destaca que entre os fatores que contribuíram para o aumento da expectativa de vida destaca-se o declínio de causas referentes à mortalidade infantil

Foto: Divulgação

Estudo da Fundação Seade revelou que a estimativa da expectativa de vida para o Estado de São Paulo em 2023 alcançou os maiores patamares da história. Chegou a 77,2 anos, marca superior ao maior valor já atingido no Estado, que foi de 77 anos em 2019. Entre os homens, a expectativa de vida foi estimada em 74 anos, com aumento de um ano em relação a 2022, enquanto para as mulheres a idade correspondeu a 80,3 anos, com acréscimo de 0,9 ano na comparação com 2022.

Após um período de declínio na expectativa de vida em 2020 e 2021, com a influência da covid-19 e o período pandêmico sobre a saúde pública, houve uma retomada do crescimento, iniciada em 2022 e continuada em 2023. Os dados apontam que esse movimento está alinhado com uma tendência histórica de crescimento da expectativa de vida no Estado.

Saúde pública e expectativa de vida

“A implementação de políticas públicas e intervenções sanitárias, que visaram ao tratamento e à prevenção da doença, destacando-se a vacinação massiva contra o vírus, permitiu o resgate das condições de saúde e sobrevivência da população paulista”, afirmou Carlos Eugenio de Carvalho Ferreira, pesquisador da Fundação Seade e responsável pelo estudo.

Entre os anos de 2000 e 2023 a ascensão da vida média paulista foi de 71,5 para 77,2 anos, com acréscimo total de 5,7 anos nesse período. Somente entre 2000 e 2010, houve aumento de 3,5 anos (4,2 meses a cada ano), enquanto de 2010 a 2019 o incremento foi de dois anos, ou seja, em média 2,7 meses a cada ano.

Entre os fatores que contribuíram para o aumento da expectativa de vida destaca-se o declínio de causas referentes à mortalidade infantil, como as “afecções originadas no período perinatal”, às “causas externas” predominantes entre adultos jovens masculinos e às “doenças do aparelho circulatório” entre adultos maduros e idosos, além de outras causas que também diminuíram nesse período.

**Por Jornal da USP