Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista de Flávio Bolsonaro (Republicanos – RJ), foi preso na manhã desta quinta-feira (18) em Atibaia, interior de São Paulo. Sua prisão foi determinada pela Justiça carioca, após um desdobramento da investigação que apura o esquema de ‘rachadinha’ na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Queiroz estava em um imóvel de Frederick Wasseff, advogado de Flávio Bolsonaro, e foi encaminhado para a unidade central da Polícia Civil na capital paulista. O ex-motorista deverá passar pelo Instituto Médico Legal e pelo Departamento de Operações Policiais Estratégicas antes de ser direcionado ao Rio de Janeiro, onde Queiroz ficará preso.
Segundo o relatório do antigo Conselho de Atividade Financeira (Coaf), Queiroz, que é policial militar aposentado, movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada “atípica”, de acordo com o levantamento. Queiroz trabalhou com o filho de Jair Bolsonaro antes do mesmo tomar posse como senador, período em que Flávio era deputado estadual no Rio de Janeiro.
Prisão
A prisão de Fabrício Queiroz foi determinada pela Justiça do Rio de Janeiro, após ser expedido um mandado de busca e apreensão num desdobramento relacionado à ‘rachadinha’ na Assembléia Legislativa carioca. Um delegado informou ao portal de notícias G1 que um portão e uma porta precisaram ser arrombados para a entrada da Polícia no local. Ainda segundo as informações, Queiroz não resistiu à prisão, mas afirmou estar muito doente.
Frederick Wasseff, advogado de Flávio Bolsonaro e dono do imóvel onde Queiroz foi encontrado, participou de uma cerimônia do Governo nesta quarta-feira (17), quando o presidente da república deu posse ao novo ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Wassef é o advogado que fez a defesa do presidente no caso da facada que Bolsonaro sofreu de Adélio Bispo em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral para a presidência da República, em 2018. Em setembro de 2019, quando não se sabia o paradeiro de Fabrício Queiroz, Wasseff disse ao programa Em Foco não saber onde estava o ex-assessor, e afirmou que não é advogado dele.