Um estudo publicado pela Fundação Seade, em março de 2024, fez uma análise do perfil da população feminina do Estado de São Paulo. O levantamento foi dividido em três tópicos: população feminina absoluta, segundo grupos etários (1940 – 2023); porcentagem da população feminina, segundo grupos etários (1940 – 2023); e porcentagem por município da população feminina de 15 a 64 anos (2000 – 2023).
Com o passar dos anos, o perfil das mulheres paulistas se alterou significativamente. Em comparação, o número total de mulheres em idade ativa, isto é, entre 15 e 64 anos, subiu de 2 milhões no ano de 1940, para mais de 16 milhões em 2023. Já em termos porcentuais, enquanto na década de 1940 57,2% das mulheres estavam na idade ativa, no ano passado o número se aproximou dos 70%.
Não foi apenas o número desse grupo de mulheres que aumentou, isto porque o total da população feminina acima dos 64 anos subiu de 0,1 milhão em 1940, para 3,1 milhões no ano passado. Além disso, no ano de 1940, apenas 2,8% das mulheres no Estado de São Paulo tinham 65 anos ou mais, no entanto, em 2023 esse número superou a marca dos 13%.
Por outro lado, o grupo etário do corpo social feminino abaixo dos 15 anos diminuiu consideravelmente. Apesar de representar apenas 16,9% das mulheres no ano passado, esse número já foi de 40% na década de 1940 — e, em termos absolutos, ele subiu de 1,4 milhão para somente 3,9 milhões.
Disposição por município
Com foco na distribuição municipal da população feminina de 15 a 64 anos, os dados exibem que, no ano de 2000, essa faixa do perfil populacional representava entre 56,9% e 66% do total de mulheres em metade das cidades do Estado de São Paulo, enquanto que, em 2023, apenas em 15% dos municípios esse índice foi inferior a 66%.
Essa mudança no perfil dos grupos etários das mulheres se deve ao aumento da longevidade e à diminuição do número médio de filhos por mulher. Com isso, a idade média das mulheres paulistas aumentou de 23 anos, em 1940, para 39 anos, em 2023.
**Texto por Jornal da USP