Faturamento da indústria cresce, mas recuperação depende do crédito, diz Ceise

Perspectiva é de recuperação lenta, segundo presidente da entidade, que tem sede em Sertãozinho

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Luis Carlos Junior Jorge, presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br)

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o faturamento da indústria cresceu 11,4% em maio na comparação com abril, depois de dois meses de fortes quedas, em decorrência da baixa atividade econômica em todo o País – ocasionada pela pandemia de covid-19. A divulgação destaca, porém, que o crescimento não foi o suficiente para cobrir as perdas anteriores, e que a utilização da capacidade instalada segue abaixo dos 70%.

Um levantamento feito pelo Ministério da Economia revela que “apenas 17% dos recursos anunciados em programas de financiamento lançados ou regulamentados pelo governo foram desembolsados até agora. Dos quase R$ 70 bilhões anunciados para quatro grandes linhas, apenas R$ 12,1 bilhões foram executados”.

O presidente do CEISE Br, Luis Carlos Junior Jorge, reforça que o governo precisa, urgente, destravar medidas de socorro às empresas. “Programas para facilitar o acesso ao crédito já foram criados pelo governo, no entanto poucos empresários conseguiram captar. Por parte dos bancos, exigência de garantias, burocracia e custo elevado têm inviabilizado a tomada das linhas de financiamento”, conta.

A instituição, que tem sede em Sertãozinho, acredita que a retomada será lenta. “Sabemos que a retomada será lenta porque o cenário econômico pós-pandemia ainda é muito incerto, mas as indústrias estão no limite. Muitas estão demitindo em massa e outras até encerrando suas atividades. As empresas necessitam de medidas compatíveis com a sua realidade financeira, para que possam manter a produtividade e preservar empregos”, declara.