A fecundidade no Estado de São Paulo caiu 27% entre 2000 e 2023, passando de 2,08 filhos por mulher para 1,52. A redução, destacada em um estudo da Fundação Seade, reflete transformações demográficas que influenciam diretamente o planejamento de políticas públicas.
Números por região
O levantamento revelou oscilações no período, com momentos de estabilidade e crescimento, mas uma tendência de queda predominante desde 2018, intensificada pela pandemia de covid-19 a partir de 2020.
A análise também destacou disparidades regionais. A Região Metropolitana de São Paulo, impulsionada pela Capital, apresentou uma redução significativa de 16,6% entre 2018 e 2023, com a taxa passando de 1,75 para 1,46 filho por mulher, abaixo da média estadual. No interior, o declínio foi menos acentuado, de 10%, alcançando 1,53 filho por mulher, equiparando-se à média estadual pela primeira vez.
Gravidez tardia
Outro dado relevante foi o envelhecimento do perfil reprodutivo. A idade média da fecundidade subiu de 26,5 anos, em 2000, para 28,6 anos, em 2023, refletindo a maior queda entre mulheres de 15 a 19 anos e um aumento nas taxas entre aquelas com mais de 30 anos.
O estudo identificou variações no comportamento da fecundidade: redução de 2000 a 2007, estabilidade até 2010, crescimento entre 2011 e 2015 e novos declínios a partir de 2018. Em 2023, a taxa se manteve semelhante à de 2022, indicando uma possível estabilização ou recuperação nos nascimentos, cuja confirmação depende de dados futuros.
**Por Jornal da USP



