Filho feio? Quinto juiz desiste de assumir o caso Sevandija

Dr. Hélio Benedini Ravagnani, da 2ª Vara Criminal de Sertãozinho não será mais o condutor do caso, cabendo à justiça a escolha de um novo juiz

Pela quinta vez, um magistrado desiste de conduzir o processo do caso Sevandija. Dr. Hélio Benedini Ravagnani, da 2ª Vara Criminal de Sertãozinho, deixou a função, na tarde desta terça-feira (1). Cabe agora à justiça a nomeação de um novo juiz.

O primeiro a pedir para deixar os casos foi o magistrado original da operação, Lucio Eneas Ferreira de Souza. Ele se considerou impedido de seguir na condução dos processos, depois que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou as decisões proferidas por ele que autorizaram as interceptações telefônicas que embasaram a apuração.

Na sequência, o juiz Guacy Sibille Leite, da 3ª vara Criminal do município, também se declarou suspeito, já que foi testemunha de um dos réus do caso.

Vieram depois,  Sylvio Ribeiro de Souza Neto, da 2ª Vara Criminal de Ribeirão Preto,  que alegou questões de foro íntimo para tomar essa decisão. Ilona Márcia Bittencourt Cruz, da 5ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, que alegou suspeição e, por último, Hélio Benedini Ravagnani, da 2ª Vara Criminal de Sertãozinho.

Um novo magistrado deve aguardar o julgamento de um recurso do Ministério Público de São Paulo, contra a decisão do STJ, para saber se anula, ou não, todas as sentenças já proferidas por Lucio Eneas.

Se a decisão de cancelar os grampos for mantida, todos os processos da Sevandija já sentenciados “voltam” para a primeira instância para reanálise das provas “não contaminadas” pela suposta irregularidade nas interceptações.

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