Os focos de incêndio voltaram a aumentar no interior de São Paulo e chegaram a três na manhã desta terça-feira (24), de acordo com a Defesa Civil do estado.
Os municípios afetados são Cajuru, São José do Barreiro e Espírito Santo do Pinhal. Nesta última o incêndio foi controlado pela manhã, consumiu 10 hectares e atingiu área de pastagem e APP (Área de Preservação Permanente).
Em São José do Barreiro, as chamas de grandes proporções ocorreu na estrada municipal Fazenda São Francisco, local considerado de difícil acesso.
Na noite de segunda (23), apenas Cajuru tinha foco de incêndio ativo. A cidade, aliás, há dias apresenta focos de incêndio, que chegaram a ser debelados, mas as chamas voltaram.
Ainda a três meses do fim, São Paulo registrou mais incêndios que toda a série histórica de monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), iniciada em 1998.
De 1º de janeiro a 22 de setembro deste ano, foram registradas 7.296 queimadas, superando os 7.291 focos de 2010.
O mês de agosto teve a situação mais crítica do ano, com 3.612 incêndios. O número é maior que a soma de todo 2023 e 2022, quando contabilizaram 1.666 e 1.599 focos, respectivamente.
O ápice ocorreu entre os dias 22 e 24 de agosto, quando surgiram 2.621 focos, sendo 1.886 apenas no dia 23. Foi justamente naquela sexta-feira que a região metropolitana de São Paulo foi coberta de fuligem no meio da tarde, e o sol virou um círculo vermelho no céu.
De acordo com o levantamento do Inpe, dos 645 municípios paulistas, 405 tiveram pelo menos um foco de incêndio neste último mês. E Altinópolis, a 346 km da capital, foi o recordista absoluto, com 125, uma média de quatro por dia.
Depois dele, ficaram São Carlos (93), Pitangueiras (91) e Andradina e Olímpia, ambas com 70. Ao todo, 14 tiveram mais de 50 focos no período. E em 41 localidades houve mais de 31 ocorrências, ou pelo menos uma por dia. A capital paulista, assim como Guarulhos, tiveram três focos cada uma.
FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress