As quedas sucessivas da taxa básica de juros, a Selic, que chegou ao menor patamar da história, sendo fixada em 2% ao ano, têm encorajado as pessoas a buscar outras formas de investimento. E as opções em renda variável têm ganhado destaque.
Recentemente os FIIs (Fundos Imobiliários) atraíram o investimento de 1 milhão de pessoas físicas. O número mostra que muitas pessoas estão em busca de opções mais rentáveis, mesmo com projeções em médio e longo prazos.
Quem investe em FIIs passa a ser dono de uma cota em empreendimentos imobiliários, como shoppings, galpões logísticos ou torres de salas comerciais, por exemplo.
É um negócio que traz melhor retorno financeiro do que comprar um imóvel para investir, ou alugar, por exemplo. No caso dos FIIs, mesmo que uma torre comercial tenha 20% de suas salas desocupadas, o montante do empreendimento ainda continua sendo vantajoso financeiramente, pois o risco acaba sendo diluído entre os cotistas. O efeito da diversificação em diversos empreendimentos imobiliários feitos por cada fundo também acaba mitigando os riscos envolvidos, o que torna essa modalidade mais vantajosa do que investir em imóveis por conta própria.
Além disso, os Fundos Imobiliários são isentos de pagamento de Imposto de Renda e têm liquidez diária. Vale ressaltar que o apoio de um assessor de investimentos é fundamental para investir nos FIIs. É preciso analisar a composição de cada fundo, a qualidade da gestão, o cenário macroeconômico, assim como avaliar sua relação risco e retorno. Uma vez que as cotas são negociadas na Bolsa de Valores, são ativos considerados de Renda Variável.
Comprar imóveis para alugar, ou para revender, era algo muito comum há alguns anos. Porém, com o passar do tempo, o negócio passou a não ser mais tão vantajoso. Em 2019, por exemplo, a valorização de imóveis no Brasil ficou negativa em 0,10%. Isso significa que se a pessoa tivesse optado em aplicar o dinheiro investido na compra de um imóvel, em uma opção conservadora, de renda fixa, com juros anuais de aproximadamente 2%, teria tido melhores resultados.
Confira abaixo alguns tipos de FIIs:
➡Fundos de tijolo: Esse tipo investe majoritariamente em imóveis físicos, por exemplo, shoppings centers, escritórios corporativos e galpões logísticos.
➡Fundos de papel: São FIIs que possuem papéis de renda fixa ligados ao setor imobiliário, como CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e LCI (Letras de Crédito Imobiliário).
➡Fundos híbridos: São FIIs que possuem uma carteira mista entre empreendimentos imobiliários, títulos mobiliários ou até mesmo cotas de outros FIIs, os chamados fundos de fundos.