Nas últimas duas semanas, um espetáculo visual tem se desenrolado na entrada principal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP) da USP, capturando a atenção de todos que passam por ali. Homens, suspensos em plataformas, trabalham lado a lado em uma das fachadas do edifício, transformando uma imensa parede de 828 m² em uma tela viva. Inicialmente, apenas linhas e esboços podiam ser vistos, mas, com o tempo, esses riscos começaram a formar imagens humanas, preenchendo-se gradualmente com cores vibrantes. A parede, antes desgastada pelo tempo e banhada em tons de cinza, agora dá lugar a uma vibrante obra de arte, dedicada aos incansáveis profissionais da saúde.
Esta iniciativa, mais do que uma simples renovação estética, é uma profunda homenagem aos trabalhadores da saúde. O mural, situado no coração do hospital, busca embelezar o espaço e também humanizá-lo, substituindo a monotonia do cinza por um espectro de cores que simboliza vida, esperança e gratidão. A escolha do tema, focado no trabalhador da saúde, reflete uma decisão consciente de honrar aqueles que dedicam suas vidas ao cuidado dos outros.
A obra, intitulada Unidos Pela Cura: Tributo aos Heróis da Saúde, foi encomendada com o propósito específico de celebrar os trabalhadores do complexo HC-FMRP e Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência do HC-FMRP (Faepa). Desenvolvida pelo artista local, conhecido como Biu, grafiteiro e ilustrador, foi financiada integralmente por patrocinadores privados da região de Ribeirão Preto. “O resultado alcançado é um testemunho do apoio e valorização da sociedade para com seus profissionais da saúde”, afirmou o superintendente do HC-FMRP, Ricardo Cavalli, idealizador do projeto.
A obra, além de ser um tributo visual, tornou-se um símbolo de união e solidariedade comunitária, especialmente significativa para um setor frequentemente marcado por desafios e necessidades.
A inauguração do mural, nesta terça-feira, 30/4, foi programada para coincidir com as celebrações do Dia do Trabalhador. “Este projeto, portanto, transcende a sua expressão artística, tornando-se um marco de gratidão e respeito pelos heróis do cotidiano que, muitas vezes, permanecem nos bastidores”, finaliza do superintendente.
**Texto de Jornal da USP